Appers pedagógicos e atratores visuais: haverá uma inteligência conectiva em construção?

Abstract

Abstract. The present work deals with a trans-generational analysis of pedagogical applications created by graduates in the Brazilian platform named Application Factory. We will analyze the presence of attractors (CANEVACCI, 2008) in what we will call third generation APP under the collective intelligence approach (LÉVY, 2010) IntroduçãoPara Lévy (1998) "... a inteligência coletiva não é um conceito exclusivamente cognitivo " (p.26) e está, em essência, no processo criador (p.69) de quem pensa em si e no mundo que o envolve. Segundo Lévy, o intelectual coletivo se manifesta a partir de suas experiências no aprendizado individual dos processos cognitivos, sociais e afetivos que, hoje também possíveis de serem reunidos digitalmente, permitem a observação das relações amigáveis, profissionais e políticas (p.99-100). Neste trabalho, estudamos se a

Pedagogical mobile applications for secondary education: from the dialogic possibility to a connective intelligence

“…Eventualmente agregamos, ao universo empírico, outra disciplina, na modalidade a distância e eletiva, também oferecida a licenciandos. Recentemente analisamos uma amostra, que definimos como de terceira geração, pois que a cada semestre a relação entre discentes e tecnologias digitais se apresenta modificada, lançando sobre nós outros olhares pois que as mesmas observações não são possíveis de serem feitas com as novas produções dos alunos, obrigando-nos a reformular hipóteses e significados (Boll;Lopes;Luchini, 2017, p. 956).…”

“…Nesta terceira geração, portanto, os appers, licenciandos-professores, apresentaram a matriz digital com atratores dispersos em sons, textos e imagens, associada à sua criação comunicativa, entrelaçando-os "às suas escolhas especialmente os conteúdos estudados na disciplina, conectando pedagogicamente aos apps uma típica ação comunicativa em tempos de cultura digital e móvel" (Boll;Lopes;Luchini, 2017, p. 956). Os conteúdos apresentaram-se em direção ao que, portanto, acreditamos ser uma inteligência conectiva característica entre os licenciandos-professores (e entre eles e os docentes responsáveis pela disciplina, assim como entre eles e seus estudantes no ensino médio da educação básica), ultrapassando a noção de coletivo entendida no senso comum.…”

“…Os appers pedagógicos intensificam o poder enunciativo quando outros autores se sentem convidados a participar, assumindo eles mesmos sua posição pela busca de sentido. Quando appers pedagógicos se movimentam nessa direção, pela busca de outras possibilidades cognitivas de criação e entusiasmo, um estilo singular enunciativo se apresenta acoplado a atratores em forma de textos, sons ou imagens, agregando às possibilidades comunicativas múltiplas conexões (Boll;Lopes;Luchini, 2017, p. 957).…”

“…Esse apper pedagógico, o licenciando, a cada dia também ele mais espect--autor, vem se engajando progressivamente: na busca pelas singularidades comunicativas ativadas culturalmente, segundo Jenkins (2008); ou ativadas pedagogicamente, segundo nossa apreciação, quando se põe em busca de outros modos de argumentação e produção de entornos nas hipermídias contemporâneas; ou ainda, quando em busca não mais de um lugar de espectador ou de "espect-ator" (Canevacci, 2009a), quem sabe, no processo pedagógico, mas de um lugar de espect-autor (Boll, 2013), pois que a cada dia é mais agente comunicativo em busca de um estilo: Espect-autores lhe dão ouvidos pois que -enfim -descem da arena e parecem querer criar um "outro" participante nesse processo comunicativo digital contemporâneo -o estilo. Um estilo, afetado pelas relações histórico-sociais que os constituem, que tem o dialogismo como fronteira comunicativa (Boll;Lopes;Luchini, 2017, p. 961, grifos dos autores).…”

“…É o espectautor atento que analisando, assistindo e optando -não necessariamente nessa ordem -, cria seu próprio e singular estilo: a inteligência conectiva existe em potência na criação mas é vivida apenas na relação discursiva dialógica. E é no interdiscurso que determinada enunciação nessa estética digital, carregada pelo atrator, comporta-se como voz que não é de um indivíduo, mas de "um" "eu" multivíduo (Boll;Lopes;Luchini, 2017, p. 959, grifo dos autores).…”