2017
DOI: 10.30612/nty.v5i7.7789
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Apontamentos sobre a economia da borracha e a exploração da mão de obra indígena em Rondônia

Abstract: A virada do século XIX para o XX foi marcado pela expansão das atividades econômicas na região amazônica, causando profundos impactos socioespaciais. Impulsionado pelas demandadas internacionais da borracha ergueram-se barracões, portos e estradas. Sob a égide do discurso do progresso, milhares de trabalhadores foram cooptados para labutarem na extração do látex. Nos seringais as relações foram marcadas pela violência. Este ensaio apresenta apontamentos sobre a exploração da mão de obra indígena na formação do… Show more

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“…Devemos levar em conta também as amplas movimentações de povos indígenas nesta região, provocadas, desde o final do século XIX e primeira metade do século XX, pelo ciclo da borracha e pelas ações do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e que exerceram impacto determinante na atual configuração étnica do Alto Madeira e nas experiências de contatos e intercâmbios entre distintas populações e conjuntos multiétnicos. De fato, a Grande Rondônia pode ter se constituído como "área de refúgio" a partir do século XVII, em função da presença massiva da empresa colonizadora nas suas bordas (Leonel, 1995;Crevels;Van der Voort, 2008, p. 172;Trubiliano, 2017). Esses movimentos podem ser analisados, por exemplo, pela presença de um grupo Apurinã (Aruak) em Rondônia, os Karitiana, que inclusive, mencionam conflitos com este povo (Vander Velden, 2011), talvez em sua rota migratória do vale do médio e baixo Purus para a Terra Indígena Roosevelt (CIMI, 2002, p. 14), e pela existência de expressivo número de indígenas em cidades como Porto Velho, capital rondoniense (Pereira, 2010), em que há povos quase inteiros para lá deslocados pelas políticas indigenistas, como os Kassupá (Maciel, 2000;Timóteo da Cunha, 2016;.…”
Section: Alto Rio Negrounclassified
“…Devemos levar em conta também as amplas movimentações de povos indígenas nesta região, provocadas, desde o final do século XIX e primeira metade do século XX, pelo ciclo da borracha e pelas ações do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e que exerceram impacto determinante na atual configuração étnica do Alto Madeira e nas experiências de contatos e intercâmbios entre distintas populações e conjuntos multiétnicos. De fato, a Grande Rondônia pode ter se constituído como "área de refúgio" a partir do século XVII, em função da presença massiva da empresa colonizadora nas suas bordas (Leonel, 1995;Crevels;Van der Voort, 2008, p. 172;Trubiliano, 2017). Esses movimentos podem ser analisados, por exemplo, pela presença de um grupo Apurinã (Aruak) em Rondônia, os Karitiana, que inclusive, mencionam conflitos com este povo (Vander Velden, 2011), talvez em sua rota migratória do vale do médio e baixo Purus para a Terra Indígena Roosevelt (CIMI, 2002, p. 14), e pela existência de expressivo número de indígenas em cidades como Porto Velho, capital rondoniense (Pereira, 2010), em que há povos quase inteiros para lá deslocados pelas políticas indigenistas, como os Kassupá (Maciel, 2000;Timóteo da Cunha, 2016;.…”
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