“…Para Barhurst e Nerone (2001, p.9, tradução nossa), uma forma noticiosa "nunca é inocente ou neutra", pois "pactua e reforça padrões de deferência, assim como os outros aspectos formais da cultura". No interior deste raciocínio, como marcador simbólico de tempo e espaço, dos ritmos e ritos da vida em sociedade, entende-se que o modo noticioso de narrar o mundo endereça a um entendimento semelhante aquele voltado às expressões artísticas (Silva, 2017). Afinal, como formas simbólicas, se as notícias se disseminaram socialmente como ocorrera ao longo do século XX no modo de sociabilidade moderno, haverá de existir algo em sua dimensão formal que respalda tal dinâmica.…”