Aplicação da teoria de Callista Roy a pais/Cuidadores de crianças autistas: uma proposta intervencionista

Abstract

Objetivo: Elaborar e aplicar uma proposta de intervenção, conforme o Modelo Teórico apresentado pela enfermeira Callista Roy, a pais/cuidadores de crianças no Espectro Autista em um município maranhense. Metodologia: Estudo avaliativo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em um município maranhense, com 31 pais/cuidadores de crianças no Espectro Autista, mediante aplicação de um formulário sociodemográfico, entrevista estruturada conforme modelo de Roy e um exame físico geral simples, bem como a aplicação dos Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck. Resultados: Foram verificados problemas adaptativos no Modo Fisiológico - indigestão/desconforto abdominal, alteração no sono, agitação, falta de energia, incapacidade de relaxar, choro, dificuldade de concentração, medo que aconteça o pior, medo de morrer; atordoado e nervoso; Modo Autoconceito – problemas adaptativos de perda de prazer, irritabilidade, cansaço ou fadiga e autocrítica; Modo Função na vida real – desvalorização, medo de perder o controle e indecisão; e ainda, o Modo Interdependência - perda de interesse por sexo e perda de interesse. Outrossim, estabeleceram-se dezenove Diagnósticos de Enfermagem e Intervenções de Enfermagem necessárias, sendo que esta proposta de intervenção foi fornecida aos participantes do estudo. Conclusão: Considera-se que o Referencial Teórico da enfermeira Callista Roy pode ser plenamente aplicado a estas pessoas e seu núcleo familiar e destaca-se que a Enfermagem, como a profissão consolidada que tem se tornado, precisa resgatar seus constructos, pressupostos e referências, lançando mão do Processo de Enfermagem e aplicando na sua prática para que o seu fazer possa ser privativo da profissão, específico e efetivo.

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“…Callista Roy em sua teoria descreve aspectos dos dois componentes no Modo Autoconceito, o EU físico, que abrange sensação e imagem corporal, e o EU pessoal, que é caracterizado pelos valores ou expectativas, constância, moral e espiritualidade do ser (9)(10) . Os aspectos citados por essa teorista são encontrados nas falas dos participantes, quando os mesmos relatam a sobrecarga que enfrentam ao cuidar do ente querido, sendo evidenciados pela perda de prazer, abandono do autocuidado, baixa autoestima, cansaço ou fadiga, estresse ou irritabilidade.…”

“…Os aspectos citados por essa teorista são encontrados nas falas dos participantes, quando os mesmos relatam a sobrecarga que enfrentam ao cuidar do ente querido, sendo evidenciados pela perda de prazer, abandono do autocuidado, baixa autoestima, cansaço ou fadiga, estresse ou irritabilidade. Este modo relaciona-se aos aspectos espirituais e psicológicos do sistema humano, envolvendo a autoconsciência, autoideal e imagem corporal, além das experiências e relações com o meio (9)(10) .…”

“…Professional interaction in management of the triad: permanent education in health, patient safety and quality. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 28, p. [1][2][3][4][5][6][7][8][9][10]2020…”

“…Nesse contexto, o FC é exposto a diversas situações que afetam seu cotidiano e seu comportamento, repercutindo de forma negativa na adaptação à nova rotina e seu estilo de vida. Pensando num aporte teórico que possa contribuir para o pensar sobre o cuidado ao paciente com DRC e sua família, entende-se que a Teoria da Adaptação desenvolvida pela Enfermeira Callista Roy pode subsidiar o planejamento dos cuidados de enfermagem a essa unidade de cuidados (paciente e família), visando uma adaptação às diversas condições de vida, buscando fornecer, de forma holística e singular, assistência de qualidade e promover a manutenção da saúde e das respostas adaptativas (9) .…”

“…A Teoria da Adaptação, percebe o indivíduo como um ser biopsicossocial em contínua interação com o meio, implicando na necessidade de uma constante adaptação frente às mudanças que lhe ocorrem diante de um processo de adoecimento, por exemplo, tendo em vista a manutenção da integridade física e mental. Deste modo, a teorista Callista Roy estabelece quatro modos adaptativos (Modo fisiológico; Modo autoconceito; Modo de função do papel; Modo de interdependência) que visam demonstrar as respostas do indivíduo em prol da promoção de melhores condições de vida (9)(10) .…”