Aplicação da matriz FPSEEA de saúde ambiental para a macrometrópole paulista: subsídios para o planejamento e gestão socioambiental regional

Abstract

Ao planejamento da gestão urbana em escalas regionais faz-se necessário incorporar a dimensão ambiental para que as cidades possam enfrentar os desafios decorrentes da reestruturação do espaço pelas dinâmicas econômicas e a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Neste contexto a Macrometrópole Paulista apresenta heterogênea divisão funcional socioambiental entre os seus municípios. Essas divisões corroboram com diferentes condições socioambientais nesse conjunto regional que podem ser expressas por indicadores estratégicos que qualifiquem as localidades municipais. Para tal, este trabalho tem como objetivo selecionar indicadores relevantes no contexto da saúde ambiental e da sustentabilidade para os municípios que compõem a Macrometrópole Paulista. Para a seleção dos indicadores foi considerada a matriz de indicadores para a Saúde Ambiental denominada de FPSEEA (Força Motriz-Pressão-Situação-Exposição-Efeito-Ações). Os resultados preliminares podem ser vistos como uma nova maneira de qualificar as condições socioeconômicas, ambientais e de saúde, destacando a importância da escala regional como uma nova unidade territorial a ser explorada na gestão urbana.

O uso do modelo de indicadores em saúde ambiental força-motriz-pressão-situação-exposição-efeito-ações (FPSEEA) como subsídio ao planejamento urbano: estudos de sua aplicabilidade em territórios metropolitanos

“…A partir da metodologia da matriz de saúde ambiental FPSEEA e seu quadro de indicadores foram propostas duas tipologias em saúde ambiental tanto para os municípios que constituem a RMSP, como para os que integram o que se denomina de Macrometrópole Paulista (MMP) (EMPLASA, 2014) Por tipologia entende-se um sistema de classificação em que se procura estabelecer correspondências dos traços característicos de um conjunto de dados, visando determinar tipos e sistemas Maria e Slovic, 2018;Maria et al, 2019a;Maria et al, 2019b, Maria et al, 2019c.…”

“…Para tratar de concretizar conceitos, ferramentas e métodos são necessários para ajudar os planejadores e órgãos de decisão para propor e estabelecer políticas públicas que alcancem a sustentabilidade (Silva e Souza-Lima, 2010). No que abrange a formulação de políticas públicas que interfiram positivamente na qualidade de vida das grandes cidades, deve-se considerar que existe uma relação empírica entre os indicadores de sustentabilidade e os de saúde que impactam na qualidade de vida e bem-estar da população (Maria e Slovic, 2018;Maria et al, 2019a).…”

“…A abordagem FPSEEA vem sendo aplicada no Brasil desde a década de 1990 principalmente no Campo da Vigilância em Saúde Ambiental. Entretanto, o potencial metodológico do modelo também vem sendo investigado para análise socioambiental no planejamento de territórios metropolitanos (Giatti et al, 2013;Talamini e Giatti, 2013;Silva, 2015;Maria e Slovic, 2018;Maria et al, 2019a;Maria et al, 2019b).…”

An Environmental Health Typology as a Contributor to Sustainable Regional Urban Planning: The Case of the Metropolitan Region of São Paulo (MRSP)

“…It encompasses the characterization of cities that make up the metropolitan region. The sustainability of the metropolitan system can be strategically used to understand the distinct aspects that involve the heterogeneity of the conditions present in regional territories [14,15].…”

“…Holland (2015) [25] constructed a typology according to urban policies of development in North American cities, identifying eight typologies to illustrate the range of choices available to decision-makers in the policy process of urban public policy making. However, few studies to this date have used typologies in Latin American cities to explore multivariate socioenvironmental characteristics that are related to health of the environment, and none has been developed for a regional territorial cut such as the MRSP [14,15].…”