Antirracismo, pertinência étnico-racial e a reparação da escravidão

Abstract

O artigo versa a respeito do Antirracismo como premissa da Pertinência Étnico-Racial, o qual faz surgir o dever da Reparação da Escravidão, a partir da observação da Constituinte de 1934, em especial, os aspectos relacionados à proposta eugênica da Política de Governo e do Estado. A Eugenia como discurso científico, transposto para a Política Pública, cujos propósitos estavam à exclusão da população negra da formação Brasileira, consequentemente, o apagamento do processo da diáspora forçada. Utiliza-se do pensamento Black Power como método que tem a capacidade de compreender, expor e comprovar sem recalcitrância ou temor de indicar o agente causador, em contraponto à prática da retórica discursiva do racismo sem autoria, dessa forma, discursos do passado que devem ser elementos para garantir o antirracismo. A reparação da escravidão, elemento chave da integração é o pertencimento pela identidade étnico-racial, o qual a causalidade, o nexo e a intencionalidade são demasiadamente conhecidos, não há como negar essa verdade, por essa razão o dever da reparação material e simbólica. Defendemos o pensamento Black Power como método e pensamento da filosofia de origem africana, de reconhecimento e pertencimento étnico-racial, instrumento científico que pode ser utilizado em diversos campos acadêmicos para garantir a Reparação da Escravidão.