No presente trabalho verificamos o papel dos Leucotrienos na modulação da resposta imune durante a fase aguda da infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi, usando como modelo camundongos deficientes da enzima 5-lipoxigenase (5-LOko). Os nossos dados demonstram que camundongos infectados pelo T. cruzi produzem metabólitos do ácido aracdônico como PGE 2 , LTB 4 e LTC 4. Comparados aos animais controles, os animais 5-LOko apresenta parasitemia mais tardia e menor, tem menor parasitismo tissular, menor infiltrado de células inflamatórias no coração e musculatura esquelética e apresenta menor taxa de mortalidade durante a fase aguda, indicando que animais deficientes de leucotrienos são mais resistentes a infecção pelo parasito. Animais 5-LOko está relacionado com a manutenção de números elevados de células F4/80 + e redução de células CD11b + durante a infecção e menor número de células T ativadas expressando os marcadores CD4 + CD69 + , CD4 + CD25 + , CD4 + CD44 + e CD8 + CD69 + , números inalterados de células T regulatórias CD4 + CD25 + GITR + e menor produção de anticorpos parasito-específicos do isotipo IgG2a. O controle eficiente de parasitas por animais 5-LOko está associado ao aumento de células Gr-1 + e CD11c + GR-1 + , produção aumentada IL-12, IFN-γ, e produzirem menos PGE 2 , IL-10, ao contrario, animais controles, incapazes de controlar parasitas circulantes, produzem mais PGE 2 e IL-10 e menos IL-12 e IFN-γ. A baixa mortalidade de animais 5-LOko correlaciona com a produção de PGE 2 e IL-10, produzir muita IL-12 e menos IFN-γ e NO e baixíssima parasitemia. A mortalidade maior de animais controles envolve a produção IFN-γ e altos níveis de LTB 4 , LTC 4 , NO e ausência de IL-10, IL-1β, PGE 2 e números elevados de parasitas circulantes. Ainda macrófagos de animais 5-LOko apresentam maior capacidade de adesão/internalização de tripomastigotas e alta atividade tripanocida por mecanismo independente da geração de NO. Estes dados em conjunto demonstram que mediadores lipídicos produzidos pela enzima 5-lipoxigenase como LTB 4 e LTC 4 modulam negativamente a capacidade dos camundongos para geração de uma resposta imune capaz de controlar os parasitos durante a fase aguda da infecção pelo T. cruzi.