Abstract:Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo: No Brasil da transição dos séculos XIX e XX, quando aumentou a presença de norte-americanos e se fortaleceu o relacionamento com os Estados Unidos, foram organizados jogos de beisebol em algumas cidades nas quais o campo esportivo estava em processo de consolidação, articulado com os mov… Show more
“…O primeiro era tio de Charles Miller, o segundo era pai de Oscar Cox, ambos apontados como pioneiros nos mitos fundadores do futebol nas duas cidades. Típicos esportistas à moda britânica, também praticantes do rúgbi, atletismo e beisebol, 50 suas trajetórias ajudam a entender o forjar de nosso campo esportivo. Circulando entre brasileiros e anglófonos, são um exemplo das múltiplas pontes que houve a estabelecer os trânsitos culturais.…”
Assim como ocorreu em muitos países, no Brasil as primeiras iniciativas esportivas foram protagonizadas por britânicos. Em São Paulo, isso se tornou visível a partir da década de 1870. Se inicialmente os anglófonos mantiveram certa distância de outros grupos da sociedade paulistana, no decorrer do tempo se percebem mudanças nessa postura. Notadamente a partir dos anos 1890, observam-se mais espaços de interface, ocasiões em que alguns de seus costumes puderam ser conhecidos por diferentes estratos da população. Considerando a relevância dessas situações no que tange à conformação de uma cultura citadina, o objetivo deste artigo é discutir as experiências dos clubes de críquete fundados na capital paulistana nas últimas três décadas do século XIX, com especial interesse pelas dinâmicas de sociabilidade. Para alcance do intuito, como fontes utilizamos periódicos publicados na cidade e no Rio de Janeiro. Esperamos entender como essas iniciativas tiveram relação com o desenvolvimento de outros esportes, entre os quais o futebol. Tratou-se de um processo de trânsito cultural que permite-nos lançar um olhar sobre nossa formação societária.
“…O primeiro era tio de Charles Miller, o segundo era pai de Oscar Cox, ambos apontados como pioneiros nos mitos fundadores do futebol nas duas cidades. Típicos esportistas à moda britânica, também praticantes do rúgbi, atletismo e beisebol, 50 suas trajetórias ajudam a entender o forjar de nosso campo esportivo. Circulando entre brasileiros e anglófonos, são um exemplo das múltiplas pontes que houve a estabelecer os trânsitos culturais.…”
Assim como ocorreu em muitos países, no Brasil as primeiras iniciativas esportivas foram protagonizadas por britânicos. Em São Paulo, isso se tornou visível a partir da década de 1870. Se inicialmente os anglófonos mantiveram certa distância de outros grupos da sociedade paulistana, no decorrer do tempo se percebem mudanças nessa postura. Notadamente a partir dos anos 1890, observam-se mais espaços de interface, ocasiões em que alguns de seus costumes puderam ser conhecidos por diferentes estratos da população. Considerando a relevância dessas situações no que tange à conformação de uma cultura citadina, o objetivo deste artigo é discutir as experiências dos clubes de críquete fundados na capital paulistana nas últimas três décadas do século XIX, com especial interesse pelas dinâmicas de sociabilidade. Para alcance do intuito, como fontes utilizamos periódicos publicados na cidade e no Rio de Janeiro. Esperamos entender como essas iniciativas tiveram relação com o desenvolvimento de outros esportes, entre os quais o futebol. Tratou-se de um processo de trânsito cultural que permite-nos lançar um olhar sobre nossa formação societária.
Nos anos finais da década de 1940, o Rio de Janeiro viu surgir uma nova prática corporal sob influência do cinema e da cultura dos Estados Unidos. O ballet aquático, precursor do que hoje conhecemos como nado artístico, figurou nas piscinas da capital federal, entre os anos 1947 e 1949, em eventos sociais e beneficentes com apresentações organizadas em torno das atividades dentro d’água, mas também fora dela, com destaque para os desfiles de moda, notadamente de roupa de banho. Carro-chefe desses eventos, o maillot aparece transitando entre vestimenta esportiva e vestimenta de lazer, compondo o mundo feminino da época com seus ideais de beleza, graça, harmonia e também sensualidade.
Tendo como mote a comemoração dos 15 anos do “Sport: Laboratório de História do Esporte e do Lazer”, este ensaio objetiva discutir as peculiaridades de dinamização de um grupo de pesquisas numa situação periférica. De início, se debate o conceito de periferia para situar os desafios tanto de investigação quanto da constituição de um campo acadêmico. Posteriormente, apresentam-se algumas reflexões sobre os limites, possibilidades e potencialidade da inserção no cenário científico internacional. Por fim, conclui-se que assumir que, nos dias atuais, somos periféricos não significa aceitar que sempre seremos assim, tampouco que devamos almejar o centro. Sugere-se ser mais interessante perspectivar um mundo em que não mais se sustente a relação centro-periferia, algo que não pode se dar somente no terreno das ilusões discursivas que prescindem de uma profunda compreensão empírica.
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