“…Acerca desta questão, sabe-se que, se o número de horas trabalhadas for menor, o nível de exaustão emocional e despersonalização diminui (Asaiag, Perotta, Martins & Tempski, 2010). Entretanto, fatores comuns a todas as categorias profissionais inseridas em programas de formação são descritos como desgastantes, como a relação com pacientes rebeldes, a comunicação de uma doença grave, o medo de contrair um doença transmissível, o lidar com a morte, a rotatividade entre diferentes setores, o medo de cometer erros, a falta de supervisão adequada, a falta de infraestrutura para atendimento, sobrecarga de trabalho, entre outros (Carvalho et al, 2013;Franco et al, 2011;Silva et al, 2010). A associação desses fatores comportamentais e ambientais, as condições de trabalho do local de estudo e as características sociodemográficas dos profissionais estudados, pode justificar os percentuais de profissionais com depressão entre aqueles que referiram não estar satisfeitos com o programa (42,0%) e os que já pensaram em desistir (36,8%).…”