Andanças: Pesquisa E Formação Como Processualidade Subjetivante

Abstract

Este trabalho busca explorar as relações entre corpo, subjetividade e formação a partir de alguns aspectos que envolvem “o fazer uma pesquisa” cuja realização ocorreu entre 2013 e 2015. A cartografia (DELEUZE; GUATTARI, 2011; PASSOS et all, 2009; ROLNIK, 1989), enquanto método eleito por nós, buscou acompanhar encontros com corpos, danças, contato improvisação, biodança, vidas em formação: “Dança e expressão corporal” atividade cartografada que integrou, no segundo semestre de 2013, o conjunto de atividades do eixo pedagógico “Interações Culturais e Humanísticas” do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. Contribuições para o campo da Educação através das intensidades mobilizadas no percurso de produzir uma pesquisa: processo de formação de um pesquisador apresentando elementos menores, minoritários; não o ensino, a representação ou a descoberta do mundo, mas uma pesquisa, um movimento, uma inquietação, uma invenção de mundos, agenciamentos do desejo. Neste sentido, este texto se propõe a) indicar alguns encontros que ressoaram com o corpo do pesquisador e b) explorar os efeitos que, em intensidade, mobilizaram e continuam mobilizando um processo de formação.
 
 Palavras-chave: Formação. Experimentação. Corpo. Subjetividade.

Território, internacionalização e integração regional: as empresas no contexto da relação argentino-brasileira

“…Contudo, desde o início de um processo da mundialização a partir do capitalismo mercantil-quando Brasil e Argentina não passavam de espaços derivados 3 (SANTOS, 2008(SANTOS, [1979) -isto é, territórios coloniais dominados por ordens exógenas vindas das metrópoles Portugal e Espanha-os Estados perdem força como únicos detentores da produção de arranjos normativos 4 , sobretudo jurídicos, a partir do ingresso de outros atores na arena da produção das 1 Segundo Santos e Silveira (2001, p.21) "O uso do território pode ser definido pela implantação de infraestruturas, para as quais estamos utilizando a denominação de sistemas de engenharia, mas também pelo dinamismo da economia e da sociedade. São os movimentos da população, a distribuição da agricultura, da indústria e dos serviços, o arcabouço normativo, incluídas a legislação civil, fiscal e financeira, que juntamente com o alcance e a extensão da cidadania, configuram novas funções do espaço geográfico".…”

“…Daí o vigor do conceito, convidando a pensar processualmente as relações estabelecidas entre o lugar, as formações socioespaciais e o mundo". 2 O conceito de formação socioespacial proposto por Santos (2008Santos ( [1977) surge da impossibilidade da análise indissociável das noções de sociedade e espaço no seio da categoria de formação social (elaborada por Marx e Engels), desta forma a formação socioespacial traz para o centro da análise a possiblidade de pensar, no âmbito da geografia, a articulação entre a configuração territorial (dada pelo arranjo do território, dos elementos naturais e artificiais de uso social) e os modos de produção "Capaz de expressar a totalidade espacial em seu movimento como uma potencialidade e uma realidade", é ela que encerra a história no espaço (SANTOS, 2008(SANTOS, [1977. BROMBERG, 1997).…”

“…BROMBERG, 1997). 3 Em proposição de Santos (2008Santos ( [1979) os espaços derivados são assim chamados por terem seus princípios de organização submetidos ou fortemente influenciados por uma ou mais vontades longínquas do que aos impulsos de organização locais. Nas palavras do autor "pelo fato de serem derivados, estes espaços se organizam e se reorganizam em relação a interesses distantes: sua organização é função de necessidades exógenas e depende de parâmetros importados, tomados de empréstimo aos sistemas representativos de interesses distantes" p. 123.…”

“…Agora as dinâmicas territoriais respondem a um estágio supremo da internacionalização dos territórios, consolidado no processo de globalização (SANTOS, M., 2008(SANTOS, M., [1996). Conforme Santos (2008Santos ( [1994, p.116),…”

“…Duas características deste novo período se estabelecem como norteadoras para as análises realizadas neste trabalho: a-) a multinacionalização sem precedentes das firmas e a internacionalização da produção e do produto em combinação de escalas até então inimagináveis; b-) a configuração de novos papéis ao Estado Nacional a partir da transformação dos territórios nacionais em espaços nacionais da economia internacional (SANTOS, M., 2008(SANTOS, M., [1994), ao disponibilizarem tanto suas bases técnicas como normativas a serviço de um mercado global. Esta flexibilidade normativa pode ser observada, dentre outros fatores, em três aspectos: na organização de uma "desregulação" das esferas econômicas, financeiras e produtiva nacionais; na conformação de blocos regionais, a exemplo do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e na organização de políticas tanto para a atração como para incentivo à internacionalização das empresas nacionais.…”