Ancoradas no Corpo, Ancoradas na Experiência: Etnografia, Autoetnografia e Estudos em Dança

Abstract

The growth of Postgraduate Programs in Performing Arts in Brazil has been motivating discussions on methodological approaches for the development ot this field. This article aims to reflect on the contribution -and the limits -of ethnography and autoetnografia for research in dance. It situates ethnography and autoetnografia and make relations with the dance field. Finally, it presents some studies, radically anchored in the body, that uses an ethnographic or self-ethnographical approach.

Metodologias da pesquisa em dança no estado do Rio Grande do Sul: perspectivas ligadas à criação

“…A partir de experiências de si, não raro os pesquisadores encontram na etnografia e na autoetnografia (Dantas, 2016;Fortin; métodos capazes de colocar em diálogo as particularidades vividas por eles, gerando polifonias em seus ambientes de prática. A polifonia, nesse sentido, encontra consonância de significados no texto escrito, resultando de interações entre os afetos particulares dos artistas: "com esses dados discursivos, eles se envolvem em um processo de pesquisa que termina em um trabalho baseado em texto, que será publicado e que implica em um significado mais ou menos convergente para os leitores" (Fortin;Gosselin, 2014, p. 5).…”

“…A etnografia, como metodologia aplicada aos estudos em Dança, vem tomando contornos bastante expressivos para o campo. Dantas (2016)…”

“…Outra metodologia citada nas pesquisas analisadas, que em algum nível se familiariza com a autoetnografia em uma de suas etapas, e que conflui para essa tendência etno-somática, é o método BPI (bailarino-pesquisador-intérprete), de Graziela Rodrigues, publicado em 1997. Segundo Dantas (2016), o método de Rodrigues se desenvolveu a partir de pesquisas de criação e procedimentos em dança guiados por "estudos etnográficos sobre as danças populares brasileiras" (Dantas, 2016, p. 174) de onde a artista-pesquisadora extraiu "princípios técnicos e simbólicos que estruturam seus métodos de preparação corporal e de criação coreográfica" (Dantas, 2016, p. 174).…”

Transitoriedades do corpo

“…No entanto, acreditamos que, de modo modesto, despontam pesquisas com debates atravessados por questões interseccionais que reconhecem a importância de autoras e autores latinos no bojo de uma perspectiva decolonial 2 . Nesse sentido, destacamos aqui, neste artigo, o uso de autoras e autoras pioneiros no sul do país nos estudos de gênero, tais como Guacira Lopes Louro 3 (1999, Silvana Vilodre Goellner 4 (1999, 2016 e Seffner e Piccheti (2018).…”