“…Ganança (2018), por exemplo, propõe 4 critérios, segundo os quais uma unidade lexical será neológica se tiver aparecido recentemente (diacrônico), se apresentar instabilidade e/ou raridade formal (gramatical); se os falantes da língua a reconhecem como tal (psicológico); e se não figurar em um conjunto de dicionários de língua previamente selecionados (lexicográfico). Matiello (2017), por sua vez, propõe 7 critérios, segundo os quais uma unidade lexical é neológica se apresentar transparência gramatical para os usuários da língua, isto é, se os falantes reconhecem os componentes da nova palavra; regularidade ao padrão gramatical, isto é, não fugir do modelo fonológico, morfológico e sintático da língua em questão; produtividade, isto é, a frequência de uso de uma determinada regra para criar palavras, um critério de natureza morfológica; decodificação, isto é, a compreensão de uma palavra nova não depende exclusivamente do contexto, dos marcadores metalinguísticos; informatividade, isto é, os significados de uma palavra nova tendem a ser mais reduzidos, indicando um objeto ou uma situação mais específica, diferenciando-se de uma palavra antiga na língua, que pode indicar para diversos significados; efeito mnemônico, isto é, deve ser possível ao falante recuperar em sua mente a palavra nova associando-a a um contexto determinado; e analogia, isto é, o surgimento de novas palavras depende da criatividade do falante em poder usar palavras já existentes na sua língua.…”