Análise perceptiva, nasométrica e aerodinâmica da fala de indivíduos submetidos à cirurgia de retalho faríngeo para a correção da insuficiência velofaríngea

Abstract

Fukushiro AP. Análise perceptiva, nasométrica e aerodinâmica da fala de indivíduos submetidos à cirurgia de retalho faríngeo para a correção da insuficiência velofaríngea [tese]. Bauru:

Correlação entre fechamento velofaríngeo e dimensões nasofaríngeas após cirurgia de retalho faríngeo avaliados por meio da técnica fluxo-pressão

“…Como consequência, durante a fala, parte da corrente aérea expiratória sonorizada é desviada para a cavidade nasal, provocando hipernasalidade, emissão de ar nasal e distúrbios articulatórios compensatórios (1)(2)(3) . Para propiciar condições anatômicas e favorecer o fechamento velofaríngeo, é realizada a cirurgia primária de palato; porém esta pode não eliminar os sintomas da insuficiência velofaríngea, fazendo-se necessário uma cirurgia secundária do palato que tem como objetivo estreitar o orifício velofaríngeo a fim de permitir um completo fechamento velofaríngeo (4)(5)(6)(7) . Existem várias técnicas cirúrgicas empregadas para a correção da IVF, sendo o retalho faríngeo de pedículo superior a mais utilizada.…”

“…Os dois orifícios posicionados lateralmente ao retalho devem ter diâmetro e permeabilidade suficientes para permitir a respiração nasal em repouso (9) . Muitos estudos relataram a efetividade do retalho farín-geo na redução dos sintomas da fala (4,6,(10)(11)(12)(13)(14)(15)(16)(17)(18) . Por outro lado, o retalho faríngeo está associado a um potencial e significante de comprometimento das vias aéreas superiores, incluindo-se entre esses comprometimentos desde a hiponasalidade, obstrução nasal crônica, até ronco e apnéia obstrutiva do sono, que podem trazer consequências graves aos pacientes (4,10,(19)(20)(21) .…”

Concordância entre os testes perceptivos e a videofluoroscopia no diagnóstico da disfunção velofaríngea

“…Esse tipo de avaliação tem por objetivo identificar e graduar alterações, no entanto, possui caráter subjetivo (SOMMERLAD et al, 2002;FUKUSHIRO, 2007;HENNINGSSON et al, 2008) e pode ser realizada por meio de diversos procedimentos, o que dificulta a comparação de resultados entre diferentes estudos (LOHMANDER; OLSSON, 2004;HENNINGSSON et al, 2008).…”

“…Os estudos que envolvem a avaliação perceptivo-auditiva da voz discutem amplamente essa questão, de apresentarem melhor concordância com exames instrumentais nos extremos, onde o ouvido tem uma melhor acuidade, e de falhar no intermediário, no qual o ouvido apresenta dificuldade para diferenciar, ou seja, a concordância é maior quando se julga a normalidade ou a maior gravidade da alteração, do que quando se julga o ponto entre eles (GERRATT et al, 1993;KREIMAN et al, 1993;EADIE;DOYLE, 2002 YAMASHITA; TRINDADE, 2010). Porém a sua efetividade vem sendo questionada em função do seu caráter subjetivo (SOMMERLAD, 2002;FUKUSHIRO, 2007;HENNINGSSON et al, 2008). Para Lohmander e Olsson (2004), essa subjetividade torna os resultados dos estudos questionáveis, o que dificulta a validação dos procedimentos.…”

“…Para Lohmander e Olsson (2004), essa subjetividade torna os resultados dos estudos questionáveis, o que dificulta a validação dos procedimentos. Por isso, muitos autores defendem que quando constatada a DVF por meio da avaliação perceptivo-auditiva, deve-se realizar uma avaliação instrumental, que propicia informações objetivas e complementa as impressões clínicas FUKUSHIRO, 2007;KUMMER, 2008).…”