ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DE CANCRO DO CÓRTEX EM MOGNO AFRICANO (Khaya ivorensis A. CHEV.)

Abstract

2 Bolsista PIBIC/FAPEMA, graduanda em Engenharia Florestal; 3 Orientador do projeto PIBIC/FAPEMA. RESUMONo contexto mundial, o gênero Khaya, em especial o mogno africano, têm sido amplamente cultivado. No Brasil, do gênero Khaya, uma das espécies mais cultivadas é a Khaya ivorensis. No entanto, ainda é escasso o conhecimento científico em relação ao manejo fitossanitário da cultura. Há relatos de ocorrência de algumas doenças como podridões, murchas vasculares, manchas foliares, cancro do córtex, entre outras. Dentre as doenças já relatadas, o cancro do córtex (Lasiodiplodia theobromae) tem sido identificado com frequência em plantios na região Tocantina do Maranhão. A ocorrência dessa doença nas plantas pode causar danos de natureza estética e tornar a madeira de menor valor comercial. Assim, em função dos danos causados pela doença na cultura e importância do entendimento do padrão de distribuição espacial para auxiliar no manejo, o objetivo com o presente estudo foi caracterizar a distribuição espacial do cancro do córtex em um povoamento de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev). O experimento foi realizado em uma área particular de cultivo do mogno africano com cinco anos de idade. Nessa área, localizada no município de Lajeado Novo -MA as plantas estão distribuídas em espaçamentos de 5,0 x 8,0 m. Nesse talhão de cultivo de mogno africano foi delimitada uma parcela experimental ocupando área aproximada de 4,0 ha. Nessa parcela, traçou-se uma malha regular com 1012 pontos amostrais, distribuídos conforme espaçamento da cultura (5,0 m x 8,0 m). A intensidade da doença foi avaliada a cada três meses e os dados submetidos à análise geoestatística no intuito de verificar a existência e, quando presente, quantificar o grau de dependência espacial. A dependência espacial da doença foi analisada por ajustes de semivariogramas e interpolação dos dados por krigagem. Houve epidemia da doença e foi caracterizada dependência espacial para a distribuição da intensidade da doença no povoamento florestal. A dependência espacial foi caracterizada como fraca, com alcance ou raio de agregação de, em média, 29,93 m. O padrão de distribuição espacial foi agregado e representado na forma de mapas.