Análise dos jovens regenerantes em área de mata ciliar de caatinga degradada em riacho intermitente no Cariri Paraibano

Abstract

O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição florística e a estrutura do estrato jovem regenerante em uma área ribeirinha degradada de Caatinga no município de Serra Branca, Semiárido paraibano. A pesquisa compreendeu dois inventários sendo um no período seco (setembro/2019) e outro no período chuvoso (março/2020). Na área ciliar foram dispostas 50 parcelas contíguas de 10 X 20 m e no centro de cada uma foi plotada uma subparcela de 1 X 1 m para avaliação do estrato regenerante. Foram calculados os parâmetros de densidade, frequência, dominância e valor de importância. Foi determinado também o índice de diversidade de Shannon (H’) e o índice de equabilidade de Pielou. Nos dois inventários realizados no riacho Lagoa da Serra foram registradas 39 espécies distribuídas em 31 gêneros e 14 famílias. Destacaram-se em relação ao número de espécies e gêneros, as famílias Poaceae, Malvaceae e Fabaceae. O hábito de crescimento predominante foi o herbáceo, presente em todas as subparcelas. No inventário do período seco as espécies com maior valor de importância foram respectivamente Alternanthera tenella Colla, Sida galheirensis Ulbr. e Fabaceae 1. Relacionado ao período chuvoso as espécies com maior valor de importância foram Urochloa decumbens (Stapf) R.D.Webster., Blainvillea acmella (L.) Philipson e Boerhavia diffusa L. Os valores de diversidade e equabilidade foram 1,22 nats.ind.-1 e 0,49 (período seco) e 2,59 nats.ind.-1 e 0,71 (período chuvoso) respectivamente. Na distribuição hipsométrica e diamétrica, observou-se nos dois inventários que o maior número de indivíduos se concentrou nas classes de menores valores. Portanto, os dados levantados se mostram como relevantes para direcionar as estratégias de restauração de matas ciliares degradadas ao longo de riachos intermitentes em áreas de Caatinga, visando a conservação dos recursos hídricos, estando em aderência aos objetivos 6 e 15 ODS 2030.