Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2018, indicaram que a maioria dos brasileiros apresenta baixo desempenho na matemática cotidiana, revelando assim uma situação alarmante na educação nacional. Em busca de contribuir com este cenário, observa-se a tendência da valorização de práticas sociais de numeramento e letramento visual (ou pedagogia visual) que se apóiam, respectivamente, no cotidiano e no uso de diferentes recursos imagéticos para a educação matemática, cujo potencial pode ser favorecido também pelas tecnologias digitais. Assim, acredita-se que a Realidade Aumentada (RA) pode beneficiar o processo de ensino-aprendizagem de estudantes surdos e ouvintes. Com base nessa premissa, a partir de uma revisão sistemática, este artigo teve por objetivo realizar uma análise do uso de aplicativos de RA na educação matemática para surdos e ouvintes. Apesar de nenhum dos recursos encontrados ter sido pensado ou conter acessibilidade para o público surdo, os resultados evidenciaram que há um grande potencial da RA para trabalhar com conteúdos da matemática de maneira dinâmica, interativa e inclusiva com esse alunado. Acreditamos que os achados podem favorecer a produção de materiais didáticos deste segmento, sugerindo maior destaque para a temática.