A experimentação é uma importante base metodológica para as inovações no setor agrícola. Apesar disso, vários aspectos podem ainda ser aperfeiçoados nas análises estatísticas clássicas utilizadas nas pesquisas agrícolas. O objetivo desta revisão foi discutir alguns elementos conceituais e resultados de pesquisas sobre a validade de testes estatísticos usualmente aplicados na experimentação e apresentar algumas recomendações que podem melhorar a qualidade das análises comumente empregadas no âmbito dos modelos fixos. São apresentados elementos úteis para a discussão sobre os testes de médias, sobre a avaliação da condição de normalidade e sobre opções não-paramétricas de análise. O entendimento das hipóteses estatísticas e dos subtipos de erro tipo I, por exemplo, pode auxiliar numa melhor interpretação de resultados e na escolha do teste de médias. Algumas dúvidas sobre a avaliação do requisito de normalidade dos resíduos, aqui exploradas, também podem auxiliar pesquisadores num melhor uso das ferramentas estatísticas paramétricas. Por fim, apresenta-se um fluxograma de decisão geral e uma breve discussão exemplificada sobre algumas opções de análises não-paramétricas, com ênfase nas diferenças entre os métodos clássicos e os métodos baseados em modelos generalizados.