Análise das flutuações do nível do mar no litoral De Santa Catarina

Abstract

As flutuações do nível do mar no litoral de Santa Catarina durante o outono de 2018 foram estudadas para se avaliar a contribuição dos fenômenos de maré astronômica e de maré meteorológica. As séries temporais das estações maregráficas situadas em mar aberto (Ilha da Paz, Balneário Camboriú, Imbituba e Balneário Rincão) foram consistidas, interpoladas para intervalos de 15 minutos e padronizadas pelo nível médio do mar. A maré meteorológica, avaliada na escala inercial, apresentou amplitudes de 30 a 40 cm em relação ao nível médio no mar e ocorreu em períodos que variaram de 5 a 10 dias, correspondendo a escala de passagem dos sistemas atmosféricos frontais. Observou-se uma redução nas amplitudes das marés astronômicas em direção ao sul do estado, de forma que a contribuição relativa das marés meteorológicas na variação do nível do mar ultrapassa os 90% em casos extremos. Com base nestes resultados recomenda-se cautela no uso das tábuas de maré astronômica, especialmente para navegação costeira na entrada e saída de embarcações em estuários, baías e enseadas.

Population survey of Holothuria (Halodeima) grisea (Aspidochirotida: Holothuriidae) at its limit of geographic distribution in the Western South Atlantic

“…The coast of Santa Catarina is characterized by a mixed microtidal regime with predominance of astronomic semidiurnal tides, which means that there is a complete tidal cycle every 12 hours, and a complete lunar cycle every 29.5 days (Salles-de Araujo, 2020). Tides are also frequently influenced by meteorological factors which tend amplify the predicted astronomical tidal range (de Souza & Schettini, 2014;Salles-de Araujo, 2020). During new and full moons, the tidal amplitudes are nearly 1.2 m (spring tides), whereas during crescent and waning moons the neap tides display low amplitudes (~ 0.5 m) (Salles-de Araujo, 2020).…”

Análise multitemporal da variação da linha de costa no setor centro-sul da Ilha de Santa Catarina, Brasil

“…As praias arenosas oceânicas da ISC são expostas ou semi--expostas à ação de ondas e podem ser agrupadas de acordo com proposta de Horn Filho e Leal (2017). Estão submetidas ao regime de micromaré astronômica, com variação entre 0,4 e 1,2 m (Truccolo et al, 2004), e a oscilações causadas pela maré inercial (Araújo, 2020). As variações inerciais podem representar aproximadamente 40% das oscilações verticais do nível do mar (Araújo, 2020) e estão diretamente ligadas aos sistemas de baixa pressão (Massa Tropical Atlântica), à passagem de frentes frias (Massa Polar Atlântica) e à ocorrência de ciclones extratropicais que atuam no litoral sul do Brasil (Monteiro e Furtado, 1995).…”

“…Estão submetidas ao regime de micromaré astronômica, com variação entre 0,4 e 1,2 m (Truccolo et al, 2004), e a oscilações causadas pela maré inercial (Araújo, 2020). As variações inerciais podem representar aproximadamente 40% das oscilações verticais do nível do mar (Araújo, 2020) e estão diretamente ligadas aos sistemas de baixa pressão (Massa Tropical Atlântica), à passagem de frentes frias (Massa Polar Atlântica) e à ocorrência de ciclones extratropicais que atuam no litoral sul do Brasil (Monteiro e Furtado, 1995). Esses sistemas atmosféricos são responsáveis pela predominância de ventos do quadrante nordeste e ventos intensos do quadrante sul (Klein et al, 2016b;Silva et al, 2016).…”