Discutir os potenciais riscos associados a reposição de eritropoietina no tratamento da doença renal crônica, em especial a hipertensão arterial sistêmica como um efeito adverso. Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Google Acadêmico e PubMed, utilizando os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Anemia”, “Hipertensão Arterial Sistêmica” e “Doença Renal” combinados entre si pelo operador booleano AND. A doença renal crônica (DRC) é um quadro clínico complexo caracterizado por lesões nos rins que persistem por mais de três meses, independentemente da causa inicial, resultando em alterações estruturais irreversíveis e progressiva diminuição da função renal ao longo do tempo. Essa condição representa um desafio significativo devido à interferência nas funções renais essenciais, como regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico, síntese hormonal e excreção de resíduos metabólicos. Consequentemente, surgem complicações como retenção de toxinas, desequilíbrios eletrolíticos, hipertensão e anemia, impactando a qualidade de vida e aumentando o risco de complicações graves. A anemia é uma complicação comum na DRC, sendo atribuída, em parte, à presença de toxinas urêmicas e ao aumento do hormônio paratireoideano, que afeta a produção de eritrócitos. Além disso, a carência de eritropoietina e distúrbios nutricionais contribuem para a anemia nesses pacientes. A decisão de usar Agentes Estimuladores de Eritropoiese (AEE) no tratamento da anemia deve ser individualizada, considerando os benefícios potenciais, como melhoria na qualidade de vida e redução da morbidade relacionada à anemia, e os riscos conhecidos, como eventos cardiovasculares, hipertensão e trombose vascular. Em suma, a DRC exige tratamentos individualizados, com participação ativa dos pacientes, para combater a anemia e melhorar a qualidade de vida.