Análise Da População De Capivaras (Hydrochoerus Hydrochaeris) E Sua Interação Com Usuários Do Saco Da Fazenda – Itajaí, Sc

Abstract

O convívio entre homens e capivaras em ambientes urbanizados pode acarretar em problemas para ambos, necessitando a criação de um plano de manejo. Desta forma, o estudo visa analisar a necessidade da elaboração de um plano de manejo em meio urbano na cidade de Itajaí – SC. Durante nov/14 a out/2015 foram analisadas flutuação e densidade populacional das capivaras, e aplicado questionários estruturados para avaliar a percepção das pessoas referente à presença das capivaras. Para saber a ocorrência de Febre Maculosa no município foi aplicada uma entrevista aos órgãos municipais. Ocorreram oscilações na média do número de capivaras durante um ano, com máxima de 20,5 ind/mês e mínima de 3,5 ind/mês, e o valor da densidade foi de 1,24 ind/ha. Dos entrevistados 57% acredita que a comunidade traz mais danos à capivara do que o contrário (51%). As pessoas reagiram positivamente quanto à presença de capivaras, sendo 82% contra a retirada dos animais do local. Não foram constatados casos de febre maculosa no município. Os resultados são indicativos que atualmente é necessário apenas um monitoramento da população de capivaras do Saco da Fazenda. Contudo, os dados poderão servir como ferramenta para a elaboração de um futuro plano de manejo no local, caso seja preciso.

Análise de fatores predisponentes e ações de intervenção na febre maculosa brasileira em município endêmico

“…Não houve manejo das capivaras em Divinópolis, fato que possibilitou observar o animal nas áreas verdes da cidade, assim como acontece em áreas verdes de diversas cidades do país (Brites-Neto;Brasil;Duarte, 2015;Ferraz et al, 2007;Gadda et al, 2021;Labruna et al, 2017;Pajuaba Neto et al, 2019;Passos Nunes et al, 2019;Rodrigues et al, 2013;Serra-Medeiros et al, 2021;Stahelin;BRanco, 2019;Verdade;Ferraz, 2006).…”

“…Além de aumentar a chance do parasitismo humano por carrapatos, a presença de capivaras se associa a problemas como a poluição do ambiente, consumo de plantas ornamentais, brigas com cães, ataque a humanos e até acidentes de trânsito (Moreira;Pinha;Fonseca, 2001;Rechenberg, 2000;Rodrigues et al, 2013Rodrigues et al, , 2017Stahelin;Branco, 2019;Vargas et al, 2007). Apesar disso, a população, de maneira geral, não repudia a presença dos animais e até mesmo defendem sua permanência.…”

“…Apesar disso, a população, de maneira geral, não repudia a presença dos animais e até mesmo defendem sua permanência. Desta forma, o manejo das capivaras deve ser desenvolvido de forma humanitária e com a participação da comunidade (Morcatty et al, 2012;Pajuaba Neto et al, 2019;Stahelin;Branco, 2019). A esterilização dos grupos e monitoramento da área de vida dos animais é uma proposta viável de manejo (Nunes et al, 2020;Rodrigues et al, 2017), mas tal trabalho deve ser feito continuamente em ambientes abertos.…”