Quando foram implantadas as primeiras Escolas deEnfermagem no Brasil, com a ajuda das enfermeiras norteamericanas, o curriculum tinha um forte conteúdo de enfermagem de saúde pública que elegia a visita domiciliária como a principal atividade. Com o deslocamento do domicilio para o hospital como principal local para tratamento, a prática da visita domiciliária perdeu seu valor restringindo-se a alguns programas específicos (1) . Atualmente, com as propostas de redução de permanência no hospital, e maior ênfase na promoção da saúde e tratamento na comunidade a visita domiciliária volta a ser tema de interesse. O Núcleo realiza visita domiciliária para pacientes faltosos, por solicitação médica, quando a história do doente não está clara, ou quando a profissional suspeita de algum problema no lar.Por um período de um ano estivemos envolvidos com a visita domiciliária desta instituição, solicitando-a ou realizandoa para alguns pacientes. O objetivo deste trabalho é relatar a nossa experiência com a visita domiciliária para portadores de doença mental, destacando os aspectos: -o Espaço Público e o Privado da família; -a articulação entre visitadores e os recursos da comunidade
O Espaço Público e o PrivadoA expressão "família" foi criada na idade antiga pelos romanos. A família romana tinha como chefe o pai e como subordinados a mulher e os filhos. Com o avanço do processo histórico a constituição e os papéis foram se modificando. Na modernidade a família é chamada nuclear, composta por mãe, pai e filhos.Com as modificações sociais, o processo de industrialização, a revolução feminista, a família nuclear foi modificada, as mulheres deixaram seus lares e foram trabalhar fora de casa. Desta forma a família adquiriu outras formas de composição e dinâmica de convivência. Porém a idéia de família nuclear, como modelo ideal ainda permanece.Dentro da família convivem o espaço público e o privado, sendo o primeiro tudo que vem a público, e o segundo constitui o espaço em que o grupo divide a convivência entre seus membros. Ambos os espaços convivem constantemente, pois dependem um do outro (4) . Quando encontramos o paciente e seu familiar na instituição comunitária temos contato com os