Abstract:A hipótese de que os preços futuros são preditores não viesados dos preços à vista é uma hipótese conjunta de que os mercados são eficientes e que não existe prêmio ao risco. Entretanto, na presença de prêmio ao risco, a hipótese de não viés pode ser rejeitada mesmo quando o mercado é eficiente. Este artigo testa a eficiência do mercado futuro brasileiro do boi gordo na presença de prêmio ao risco, usando técnicas de co-integração. Os resultados mostram que o mercado futuro do boi gordo é eficiente e não viesa… Show more
“…É possível citar as alterações no padrão de competitividade desse combustível em relação à gasolina, devido às modificações no percentual adicionado de etanol, assim como a manutenção artificial do preço da gasolina. Em relação ao mercado de milho, este foi historicamente marcado por intervenções do governo via Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM Moraes et al (2009). Tais estudos testam a eficiência dos mercados de forma estática, e percebe-se, com base nos resultados das Figuras 3 e 4, que a eficiência informacional dos mercados agropecuários brasileiros é variante no tempo.…”
Section: Janelamento Móvel De Subamostrasunclassified
“…É possível citar as alterações no padrão de competitividade desse combustível em relação à gasolina, devido às modificações no percentual adicionado de etanol, assim como a manutenção artificial do preço da gasolina. Em relação ao mercado de milho, este foi historicamente marcado por intervenções do governo via Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM Moraes et al (2009). Tais estudos testam a eficiência dos mercados de forma estática, e percebe-se, com base nos resultados das Figuras 3 e 4, que a eficiência informacional dos mercados agropecuários brasileiros é variante no tempo.…”
Section: Janelamento Móvel De Subamostrasunclassified
“…Variações mais complexas a esta foram realizadas, mas a intuição permanece a mesma. Estudos que analisaram os mercados sob essa abordagem cointegrante ao teste conjunto de eficiência e não eviesamento foram Amado & Carmona (2004), Bitencourt (2007), Duarte et al (2007), Alves et al (2008), Moraes et al (2009), Silva Neto et al (2010) e Fraga & Silva Neto (2011. A existência de cointegração às séries à vista e futuras, considerada como condição necessária, mas não suficiente, à eficiência de mercado, foi reportada em todos esses estudos 2 .…”
Section: Evidências Empíricas Sobre Eficiência Nos Mercados De Commodunclassified
“…Duarte et al (2007) concluíram que o mercado de soja futuro foi um preditor não enviesado e eficiente em contraposto ao estudo de Fraga & Silva Neto (2011), pois a hipótese de mercado eficiente para a soja não foi aceita. A restrição conjunta de α e β [0, 1], imposta ao vetor de cointegração no estudo de Moraes et al (2009), não foi rejeitada, consequentemente, deu suporte à eficiência e não viés para o mercado de boi gordo. Resultado semelhante ao de Silva Neto et al (2010), ao sugerirem a não rejeição das hipóteses de mercado eficiente, entretanto evidenciaram a existência de prêmio de risco.…”
Section: Evidências Empíricas Sobre Eficiência Nos Mercados De Commodunclassified
“…Bressan & Leite (2001) fizeram-na com testes de correlação serial, Bitencourt (2007) e Righi & Ceretta (2011) testaram sob a abordagem de razão de variância. A hipótese conjunta de não enviesamento e eficiência a preços futuros, sob abordagem de cointegração, foi a metodologia mais empregada nos estudos de derivativos agropecuários brasileiros, realizada por Amado & Carmona (2004), Bitencourt (2007), Duarte et al (2007), Alves et al (2008), Moraes et al (2009), Silva Neto et al (2010 e Fraga & Silva Neto (2011).…”
ResumoObjetivou-se testar a hipótese de passeio aleatório a contratos futuros agropecuários negociados na BM&FBOVESPA. Refutá-la, significa possí-vel previsibilidade e, por conseguinte, os mercados não seriam fracamente eficientes. Correlações seriais e testes de razão de variância foram utilizados para verificá-las. Os resultados deram suporte à hipótese de passeio aleatório nos mercados futuros de café e da soja, eficientes na forma fraca, e evidências contrárias foram encontradas nos mercados do boi gordo, milho e etanol.Palavras-chave: Razão de variância; eficiência de mercado; commodities.
AbstractWe aim to test the random walk hypothesis to agricultural future contracts traded at the Brazilian Board of Trade (BM&FBOVESPA). Refute this hypothesis means possible predictability, therefore these markets are not weakly efficient. We used tests of serial correlation and variance ratio to verify them. Our results do not reject the random walk hypothesis in coffee and soybeans markets but contrary evidences were found for live cattle, corn and ethanol markets.
“…Esses resultados indicam que a percepção e o comportamento dos produtores rurais confrontam com os fundamentos teóricos e operacionais que suportam os mercados derivativos, como instrumentos de comercialização para minimizar risco de preço. A literatura é convergente na indicação dos mercados futuros para reduzir riscos de preços (Teixeira, 1992;Souza & Marques, 1994;Marques & Mello, 1999;Hull, 1998;Marques, 2000;Carter, 2003;Marques et al, 2006;Pereira, 2008;Adami et al, 2008;Moraes et al, 2009;Concórdia, 2011;TerraFuturos, 2011). A abrangência e a extensão dos aspectos operacionais e financeiros dos mercados de derivativos transcendem à discussão neste artigo.…”
Section: Descrição E Caracterização Da População: Análise Univariadaunclassified
O mercado de derivativos é relativamente recente no agronegócio brasileiro e visa, entre outros, a minimizar riscos na comercialização. A comercialização dos produtos é uma das etapas mais importantes da atividade agropecuária. Diversos trabalhos têm enfocado a variação de preços dos produtos como uma das principais fontes de risco para o produtor rural. Por outro lado, tem sido questionado porque os produtores não utilizam ampla e significantemente os mecanismos dos mercados de derivativos, para se protegerem contra tais riscos. O objetivo deste trabalho foi entender a adequação desses mecanismos às atitudes dos produtores de soja, para reduzir riscos de preço do produto, tendo como foco produtores da região de Rio Verde, Goiás. O conhecimento dos produtores sobre derivativos não se mostrou dependente da escolaridade e da dimensão da área de plantio e sim dos anos de experiência na atividade. A escolha da modalidade de comercialização da safra, também, não apresentou dependência da escolaridade, da área de plantio, ou mesmo da experiência na atividade. Os meios utilizados pelos produtores, para se aproximarem das operadoras de derivativos, embora pouco frequentes, são diversificados, destacando-se a Cooperativa local como o meio mais procurado. Por outro lado, na percepção da maioria dos produtores, os derivativos não atendem às suas expectativas para minimizar risco de preço, mesmo entre aqueles que utilizam esses mecanismos de comercialização. Diante da falta de divulgação e da desconfiança apontadas pelos produtores, associadas a uma incipiente relação direta com as corretoras de derivativos, sugere-se uma mudança de estratégias e de atitudes das corretoras, no sentido de buscar aproximação e comprometimento junto aos produtores, para esclarecer e facilitar tomadas de decisão conscientes, em relação ao uso de derivativos.
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