Os distintos usos da terra e fitofisionomias vegetais apresentam diferentes temperaturas superficial. O objetivo deste trabalho é investigar a variação da temperatura superficial nas fitofisionomias de cobertura vegetal e usos da terra na Bacia Hidrográfica do Córrego Piraputanga/MT, no início e final da estação seca, do período de 1990 a 2020. Para obter os dados de cobertura vegetal e usos da terra nos anos de 1990, 2000, 2010 e 2020, foram classificadas imagens dos satélites Landsat 5 e 8. Para gerar os dados de temperatura superficial, foram utilizadas as bandas de infravermelho termal de imagens dos satélites Landsat 5 e 8, expressando os valores de radiância do solo em temperaturas na escala Celsius. A significância da diferença da temperatura média das classes de vegetação e uso da terra foi aferida via teste de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn, testados com nível de significância de 5%. A maior temperatura média superficial ocorreu nas pastagens, alcançando 41,71ºC. Em contraste, a Floresta Estacional Sempre Verde Aluvial com dossel emergente apresentou temperatura média superficial de 38,91ºC. Entre 1990 e 2000 foi identificado aumento das pastagens, inclusive em Áreas de Preservação Permanente, o que impactou a temperatura superficial média da bacia. Esses resultados corroboram que classes com maior cobertura vegetal apresentam temperaturas médias de superfície mais baixas do que aquelas com menor vegetação. Portanto, é essencial que as atividades antrópicas realizadas na bacia sejam orientadas pelas autoridades públicas, afim de promover a adoção de boas práticas de uso da terra.