Análise Comparativa Entre Medidas Meteorológicas da Estação Convencional e Automática da Fazenda Lageado no Município de Botucatu, São Paulo, Brasil

Abstract

Resumo O processo de desativação de uma estação meteorológica convencional (EMC) e sua substituição por uma automática (EMA) deve ser feito após a comparação de medições concomitantes entre ambas. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar medidas de 2015 e 2016 da EMC e EMA da Faculdade de Ciências Agronômicas (UNESP) de Botucatu (SP) - Brasil, no intuito de avaliar se existe diferença nas medidas e criar modelos de regressão linear para construção de uma série de medidas única entre as estações. Foram comparadas medidas de temperatura máxima, mínima e média do ar, umidade relativa média do ar, velocidade do vento e precipitação, utilizando o método de reamostragem (Bootstrap) e de validação cruzada (K-Fold), bem como os indicativos estatísticos de índice de concordância, erro médio de viés, erro médio de viés relativo, raiz do erro médio quadrático, raiz do erro médio quadrático relativo, coeficiente de correlação e de determinação ( R 2). A maior diferença foi encontrada na velocidade do vento ( R 2 = 0,746) e a menor na precipitação ( R 2= 0,984). Os resultados demonstram que apesar da diferença na composição dos instrumentos existe concordância entre os elementos, tornado segura a desativação da EMC e permitindo estimar as medidas da EMA para reconstrução de uma série histórica única.

Atualização Da Normal Climatológica E Classificação Climática De Köppen Para O Município De Botucatu-Sp

“…A EMA iniciou seu funcionamento em 2015 e se mantem em operação até os dias atuais (2023). Para realizar a unificação das bases dados, um estudo foi realizado por Franco et al (2022) com objetivo de comparar os dados de origem convencional e automática. Os autores desenvolveram modelos que possibilitaram estimar os dados para a estação automática em um período anterior a sua ativação.…”

“…Porém, devido ao grande período de tempo requerido, ainda são poucas as bases de dados meteorológicos que atendem esse requisito, considerando ainda os diversos problemas técnicos e de manutenção referente às operações de estações meteorológicas. Há ainda a questão da calibração periódica dos sensores, que nem sempre é adequadamente realizada (FRANCO et al, 2022).…”