RESUMOOBJETIVOS. Analisar a ocorrência de efeitos adversos no período de 24 horas da evolução pós-anestésica e pós-cirúrgica em mulheres submetidas a intervenções cirúrgicas ginecológicas e mamárias de pequeno porte e identificar os principais fatores associados. MÉTODOS. Trata-se de estudo tipo corte transversal que incluiu 159 mulheres submetidas a intervenções cirúrgicas ginecológicas e mamárias consideradas de pequeno porte. As mulheres foram internadas no dia anterior à intervenção cirúrgica e permaneceram no hospital por pelo menos 24 horas após o término do procedimento. As técnicas anestésicas realizadas foram bloqueio intercostal, bloqueio espinhal e anestesia geral. RESULTADOS. Os eventos adversos mais freqüentes foram vômitos, náuseas e dor, e ocorreram em 40,3% das mulheres. Destes, 60% foram observados nas primeiras quatro horas e 80% em até seis horas, após a intervenção cirúrgica. As mulheres submetidas ao bloqueio intercostal apresentaram alta mais precoce da recuperação anestésica; o bloqueio espinhal esteve associado mais freqüentemente à dor no período pós-operatório, porém houve menor incidência de náuseas e vômitos em relação à anestesia geral e bloqueio intercostal. Antecedente de tabagismo contribuiu para ocorrência de dor. CONCLUSÃO. O período de seis horas de observação mostrou-se adequado para a avaliação da maioria das complicações e efeitos adversos que ocorrem após intervenções cirúrgicas, ginecológicas e mamárias, de pequeno porte.UNITERMOS: Cirurgia ambulatorial. Ginecologia. Mama. Anestesia.
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INTRODUÇÃOAvanços tecnológicos na área da saúde têm possibilitado a realização de procedimentos cirúrgicos menos invasivos com o objetivo de reduzir incidência de complicações, tempo de internação e custos hospitalares. O atendimento em nível ambulatorial constitui alternativa à realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno porte, sob anestesia geral ou regional, que permitam pronta ou rápida recuperação do paciente, sem necessidade de pernoite, sendo, no entanto, necessário garantir segurança e conforto para a paciente 1 . Em geral, os efeitos adversos relatados no pós-operatório imediato de cirurgias de pequeno porte são náuseas e vômitos, hemorragia, dor, cefaléia e febre [1][2][3] . A freqüência com que estes efeitos ocorrem pode estar associada às condições clínicas pré-operatórias, à extensão e ao tipo de intervenção cirúrgica, às intercorrências cirúrgicas ou anestésicas e à eficácia das medidas terapêuticas adotadas [4][5][6][7][8][9][10][11] . Estudos retrospectivos com grande amostragem não relataram óbito, e um número pequeno de complicações graves foi identificado. Nestes estudos, dor, vômitos e sangramento da ferida operatória constituem as principais causas de reinternação 12,13 . Todavia, falta conhecimento ou análise recente de possíveis complicações e efeitos adversos relacionados às intervenções cirúrgicas ginecológicas e mamárias de pequeno porte, que possam servir de referencial na determinação do tempo adequado para a avaliação pó...