(1) . O termo "esclerodermia", derivado da raiz grega "skleros" = "duro" e "dermis" = "pele", passou a ser utilizado a partir de 1832 (2) , embora a descrição inicial do médico alemão Betschler se referisse a uma doença confinada à pele (que não a esclerodermia), num recém-nascido. Durante o século XIX, a ocorrência de doença visceral foi considerada como associação fortuita, apesar da observação que os pacientes esclerodérmicos morriam mais cedo que a população geral (3) . Após a descrição de fibrose envolvendo rins, pulmões e trato gastrintestinal na necrópsia de cinco pacientes esclerodérmicos (1924) envolvimento visceral passou a ser encarado como importante manifestação clínica da doença. Em 1942, Klemperer, Pollack e Baher, sugerindo a possibilidade de um "denominador comum", agruparam a esclerodermia com o lúpus eritematoso sistêmico, a dermatomiosite e a febre reumática, criando o conceito das "doenças difusas do colágeno" (5) . O reconhecimento de que a esclerodermia não era senão a manifestação cutânea de uma doença generalizada foi finalmente estabelecido quando Goetz apresentou uma detalhada revisão do acometimento visceral e propôs a mudança do nome da doença para "esclerose sistêmica progressiva ", em 1945 (6) . Em 1988, junto com a proposição da atual classificação (7) , foi sugerida a supressão do termo "progressiva", pelo fato da doença nem sempre apresentar caráter progressivo e pela carga emocional que representava para os pacientes afetados; surgiu, assim, a denominação atual e definitiva: "esclerose sistêmica".
ABSTRACTThe