“…análise dos estudos avaliados, notou-se que a concordância dos autores no que se refere a influência da renda na prática de hábitos alimentares saudáveis, principalmente em estratos de renda baixa, com declínio de alimentos-base e aumento de processados e ultraprocessados.De acordo comMoura et al (2020), os determinantes das escolhas alimentares, o apelo sensorial e o preço são fatores mais relevantes no processo de escolha dos alimentos e de uma alimentação saudável, a relação entre o prazer de comer e o preço reflete na aquisição de certos alimentos, considerando o grande peso que a alimentação tem no orçamento das famílias de baixa renda a aquisição de alimentos ultraprocessados torna-se uma alternativa viável para essas famílias.Tendo em vista que fatores econômicos são um dos principais determinantes das escolhas alimentares, Maia et al (2021), verificaram o comprometimento do orçamento alimentar, principalmente nos estratos de baixa renda e que as variações de preços entre os alimentos in natura e/ou minimamente processados é elevada, este cenário favorece a aquisição de alimentos pouco saudáveis que associados a dificuldade de acesso aos serviços de saúde expõe esses indivíduos ao desenvolvimento de doenças. As mudanças na economia afetaram o padrão do consumo alimentar brasileiro, assim, alimentos-base da alimentação dos brasileiros, como, arroz e feijão, tiveram sua frequência de consumo reduzida e a presença de alimentos ultraprocessados tornou-se comum, decorrente da facilidade de aquisição e o preço dos produtos, principalmente nas famílias de baixa renda.…”