Amamentação: dificuldades enfrentadas pelas puérperas primíparas no alojamento conjunto

Abstract

O estudo tem como objetivo avaliar as dificuldades enfrentadas pelas puérperas primíparas no processo de amamentação no Alojamento Conjunto em uma Maternidade de Porto Velho/RO. Para a realização optou-se por uma pesquisa de campo com escopo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na Maternidade Municipal Mãe Esperança com 15 puérperas primíparas, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, com uso da técnica entrevista com roteiro semiestruturado, considerando os aspectos éticos e legais da pesquisa determinados pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde. Os dados foram transcritos na íntegra para análise, respeitando o sigilo das informações. Mediante as falas, foi possível identificar que as puérperas não receberam de forma satisfatória durante o pré-natal as informações necessárias sobre a amamentação, apresentaram dificuldades e não souberam esclarecer os benefícios desta prática. Destacou-se que dentro do Alojamento as puérperas receberam orientações que foram essenciais para darem continuidade ao ato de amamentar. Conclui-se que se faz necessário fomentar tal assunto a fim de aumentar as discussões e incentivar o enfermeiro a atuar na educação em saúde desde o pré-natal até a fase puerperal dentro do Alojamento, pois foi identificado a dificuldade que as puérperas no que tange a amamentação e sobre sua relevância.

Complexidades intrínsecas ao aleitamento materno sob a ótica de nutrizes primigestas

“…À vista disso, durante a consulta de pré-natal o profissional deve compartilhar informações importantes sobre a descida do leite e sobre a amamentação, tais como: sua importância e benefícios, como realizá-la adequadamente, complicações que podem ocorrer e como evitá-las, bem como sanar dúvidas, com intuito de reduzir o medo e as angústias que podem permear o consciente e o inconsciente da gestante sobre a amamentação, que possuem potencial de interferir no processo do AME e de sua manutenção (Nepomuceno et al, 2021).…”

“…Esta informação é reiterada na fala de duas participantes da pesquisa, que, ao serem questionadas se consideram que vivenciaram fatores que podem ter interferido no processo de amamentação, responderam: A rede de apoio e a sociedade convivente com a lactante podem influenciar diretamente sobre seu comportamento e suas escolhas frente à amamentação, ainda mais quando aliado à sua falta de conhecimento sobre o assunto. Por exemplo, a vivência de terceiros pode levar a mulher acreditar que seu leite não possui potencial de nutrição, como citado anteriormente por uma das participantes desta pesquisa, quando na verdade está ocorrendo falhas no processo, seja no manejo correto, pega correta ou outros cuidados relacionados com a amamentação, produção e excreção do leite materno (Nepomuceno et al, 2021).…”