“…Assim, os resultados indicam a relevância da política de cotas das universidades federais para a inclusão socioeconômica dos estudantes cotistas, justificando a sua existência e continuidade. Nossos resultados convergem com a literatura prévia, que também encontrou significativos ganhos profissionais para os egressos cotistas de diferentes universidades do Brasil, seja em estudos quantitativos ou qualitativos (Albanaes et al, 2020;Arrigoni, 2018;Barros, 2019;Biazotto et al, 2022a;Biazotto et al, 2022b;Dutra, 2018;Francis-Tan & Tannuri-Pianto, 2018;Ferreira, 2018;Guimarães et al, 2019;Lima, 2014;Lyrio & Guimarães, 2014;Machado et al, 2021;Maia, 2017;Nascimento, 2018;Pereira, 2015;Reis, 2020;Silveira, 2016;Sotero, 2009) No entanto, nossos resultados sugerem que, em geral, os egressos cotistas ainda obtêm menores ganhos no mercado de trabalho do que os egressos não cotistas. Assim, embora os cotistas possam provavelmente melhorar substancialmente de vida após o ensino superior trabalhando em ocupações ditas mais qualificadas, que exigem alto nível de escolaridade, em grandes empresas/organizações e, provavelmente, ganhando mais do que seus pais, eles ainda assim ganham menos do que os egressos não cotistas em termos ocupacionais e salariais.…”