Alternatives for the Decolonization of Management Models in Brazilian Universities:

Abstract

O artigo aborda alternativas para a decolonização dos modelos de gestão das universidades brasileiras, considerando as opções tradicionais públicas e as novas privadas com ou sem fins lucrativos. No contexto das universidades brasileiras, o modelo tradicional público envolve instituições de ensino superior financiadas pelo Estado e voltadas para o interesse público. Essas universidades geralmente são mantidas com recursos governamentais e oferecem ensino gratuito ou com custos acessíveis. No entanto, esse modelo pode ser criticado por ser influenciado por estruturas coloniais que perpetuam desigualdades e privilégios. Por outro lado, há uma crescente presença de universidades privadas no Brasil, algumas das quais operam sem fins lucrativos. Essas instituições dependem de recursos privados, como mensalidades e doações, para financiar suas atividades. O surgimento dessas universidades privadas pode ser visto como uma alternativa ao modelo público tradicional, buscando maior autonomia e flexibilidade na gestão acadêmica. A questão da decolonização se refere a superar a influência do colonialismo nos sistemas de ensino superior, que podem perpetuar visões de mundo e estruturas de poder eurocêntricas. A decolonização dos modelos de gestão acadêmica busca promover uma abordagem mais inclusiva e diversa, dando voz a diferentes perspectivas e valorizando conhecimentos e culturas marginalizadas. As alternativas para a decolonização dos modelos de gestão acadêmica incluem a implementação de políticas de ação afirmativa para aumentar a representatividade de grupos historicamente excluídos, a valorização de conhecimentos e práticas indígenas e afrodescendentes, a inclusão de saberes locais e populares nos currículos, a criação de espaços de diálogo e participação comunitária, entre outras medidas. Em resumo, as alternativas para a decolonização dos modelos de gestão das universidades brasileiras envolvem repensar tanto o modelo tradicional público quanto o novo privado com/sem fins lucrativos, visando promover uma educação superior mais inclusiva, diversa e engajada com as necessidades e perspectivas da sociedade brasileira.