Alterações No Papanicolau E O Seguimento Das Orientações Profissionais

Abstract

O objetivo deste estudo é conhecer as dificuldades/facilidades enfrentadas pelas mulheres que apresentaram algum tipo de alteração no exame Papanicolau para seguir as orientações indicadas pelos profissionais de saúde. Trata-se de um estudo exploratório qualitativo realizado na cidade do Rio Grande - RS. Os sujeitos foram 52 mulheres que apresentaram alterações no Exame Papanicolau realizado pelo Sistema Único de Saúde, durante o ano de 2010 e o primeiro semestre de 2011. Os resultados foram divididos em três categorias: elementos facilitadores do seguimento das orientações; elementos dificultadores do seguimento das orientações; e dificuldades referentes ao desconhecimento da necessidade de acompanhamento contínuo. Conclui-se que as dificuldades elencadas pelas mulheres ocorreram em relação ao agendamento da consulta de retorno, dos exames e de cirurgia e ao número insuficiente de profissionais. Percebeu-se a importância do acolhimento da mulher pelos profissionais de saúde, com orientações claras e objetivas.

As contribuições e dificuldades da enfermagem na prevenção do câncer de colo do útero: uma revisão da literatura

“…A prevenção secundária é a detecção precoce do câncer em fase "in situ" ou as lesões precursoras, por meio da realização rotineira do exame citopatológico. E na prevenção terciária, é realizado o tratamento de lesões cirúrgicas que não podem ser tratadas no nível secundário (de Carvalho et al, 2018;da Silva Júnior et al, 2021).…”

“…Entender a importância da detecção precoce mostra-se de extrema necessidade em razão da incidência significativa desse câncer em todo o mundo. Quando é diagnosticada alguma alteração citopatológica, é imprescindível que ocorra adesão ao tratamento e adequado seguimento das orientações fornecidas pelos profissionais de saúde (de Carvalho et al, 2018). Nesse contexto de diagnóstico e tratamento, a contribuição do enfermeiro deve estar alinhada com o encaminhamento das mulheres com alterações citológicas, para a realização da colposcopia e demais exames, afim de se confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, que na maioria das vezes será cirurgia ou radioterapia (Conceição et al, 2017;Peuker et al, 2017).…”

“…reforçam que além de realizar o exame citopatológico, a enfermagem deve dar destaque a prevenção visando esclarecer dúvidas das usuárias e realizar busca ativa das mulheres faltosas, é necessário que haja por parte do enfermeiro o conhecimento acerca dos tratamentos, dos avanços da oncologia, mesmo que esteja inserido na ESF, pois trata-se de uma área, na qual a enfermagem atua ativamente nas medidas preventivas e na educação em saúde.Quando a enfermagem não realiza medidas preventivas com eficácia, as dificuldades surgem, o que reflete no não conhecimento das formas de contágio da doença, das formas de tratamento e importância do uso de preservativo, fazendo com o que muitas mulheres deixem de procurar as unidades de saúde por falta de conhecimento. E o desconhecimento das mulheres faz com que elas não correspondam às recomendações frente às mudanças de comportamentos e hábitos de vida(de Carvalho et al, 2018;Conceição et al, 2017; de Oliveira & Fernandes, 2017).…”

O protagonismo da mulher no rastreamento do câncer do colo do útero e mama

“…A Consulta de Enfermagem, respaldada por lei como atividade privativa do enfermeiro, é uma estratégia tecnológica de cuidado que possui o intuito de garantir qualidade, resolutividade e eficácia nas assistências à saúde. A atuação da enfermagem implementa um cuidado com foco no protagonismo do cliente, visando contribuir com a promoção da saúde, prevenção de agravos, diagnósticos precoces e tratamentos, a partir de uma atenção acolhedora, humanizada e holística (Maia et al, 2020;Carvalho et al, 2018).…”

“…As ações de prevenção fazem parte dos objetivos e atribuições da APS, das quais destaca-se o rastreamento, uma atividade preventiva secundária, ou seja, que possui o intuito de detectar precocemente algumas alterações sugestivas a serem investigadas, favorecendo a antecipação do diagnóstico e do tratamento da doença, além de evitar sua disseminação, possíveis complicações e óbitos relacionados a ela (Carvalho et al, 2018). Com isso, o exame citopatológico para rastrear o câncer do colo do útero é recomendado para mulheres sexualmente ativas entre 25 e 64 anos.…”