“…Como a taxa de progressão da frente de neutralização depende da percolação de compostos orgânicos hidrossolúveis (Miyazawa et al, 1993;Oliveira & Pavan, 1996;Franchini et al, 1999Franchini et al, , 2000Franchini et al, e 2001, do deslocamento de ânions resultantes da hidrólise do calcário (Amaral & Anghinoni, 2001), da migração de partículas finas de calcário pelos bioporos (Petrere & Anghinoni, 2001;Amaral, 2002), da dose aplicada, do tempo decorrente e das próprias características físicas e químicas dos solos (Caires et al, 1998;Rheinheimer et al, 2000;Amaral & Anghinoni, 2001;Moreira et al, 2001;Gatiboni et al, 2003), a sua não-mobilização e a manutenção dos canais e bioporos devem permitir a ação de neutralização da acidez em profundidade, quando o calcário não for incorporado, e reprimir o seu avanço com a incorporação, mas ela tem efeito imediato na camada mobilizada. Por esse motivo, quando os solos são muito ácidos e exigem doses de calcário da ordem de 10 t ha -1 , recomenda-se incorporar o calcário, mas, se o solo for pouco ácido e as doses necessárias inferiores a 5,5 t ha -1 , a calagem deve ser superficial.…”