Alfabetização Científica E Enfoque CTS Na Visão De Licenciandos Em Ciências Biológicas: Uma Análise De Grupo Focal

Abstract

Neste trabalho apresentamos uma pesquisa de caráter qualitativo, na qual utilizamos a técnica de grupo focal para investigar as visões de licenciandos em Ciências Biológicas acerca de Ciência, Tecnologia e Sociedade e suas inter-relações a fim de compreender seus posicionamentos sobre o processo de alfabetização científica. A pesquisa foi realizada com um grupo de 12 licenciandos de uma universidade pública do Rio de Janeiro. Foi elaborado um roteiro para a atividade de grupo focal contendo materiais de estímulo como histórias em quadrinhos, questões e um recorte de trabalho acadêmico. A coleta de dados foi realizada através de gravações de áudio posteriormente transcritas para análise. Inicialmente, o grupo apresentou concepções positivas sobre ciência e tecnologia, porém, no decorrer da atividade convergiram para posturas mais críticas a respeito do tema. Os participantes discutiram a desigualdade social na distribuição do conhecimento sobre assuntos de âmbito científico e tecnológico. Concordaram ser antiética uma formação científica para todos que tenha em si um propósito já pré-estabelecido, como o da formação profissional do indivíduo, mas acreditam haver um nível de conhecimento sobre ciência que consideram ser essencial à vida de todas as pessoas.

Aprendendo sobre o corpo humano por meio de entrevistas: quando grupos focais aproximam escola e universidade

“…Em um GF, o entrevistador é um facilitador grupal, pois seu papel é fazer a discussão fluir entre os entrevistados, deixando que os mesmos construam suas próprias opiniões sobre os temas a partir da interação do grupo. O facilitador COmo citar este artículo: dos Santos, R. S.;Ribeiro, G. (2024) grupal encoraja a interação, escutando atentamente as perspectivas de cada entrevistado para, ao final, compará-las (Barbour, 2009). É importante que o facilitador não expresse sua opinião para que não haja apenas confirmações pelos participantes, tais como "concordo totalmente com o facilitador, era justamente isso que eu queria dizer", ou que estes evitem apresentar suas ideias para não questionar a opinião de "autoridade" do facilitador.…”

“…Com relação à compreensão do papel do GF na construção de conhecimentos, recorremos aos trabalhos de autores que refletem sobre educação (Zabala, 1998), educação científica (Malta, Dorvillé, Nascimento, 2020) e GF (Wibeck et al, 2007). Estes pesquisadores buscaram explicar aspectos relacionados aos processos de aprendizagem nos seres humanos, destacando a importância das interações sociais como elementos fundamentais para a construção de conhecimentos.…”

“…As funções 'a' e 'b', propostas por Zabala (1998), descrevem justamente como o facilitador deve agir em um GF, adaptando-se às necessidades dos participantes e reconhecendo suas contribuições e conhecimentos. Malta et al (2020), por exemplo, avaliaram como o GF poderia complementar a formação docente, utilizando como tema a ciência. Inicialmente, foi verificado que as opiniões dentro do GF eram unívocas no que diz respeito à autenticidade e credibilidade da ciência, entretanto, a introdução de outra posição na entrevista fez com que todos compreendessem a dualidade na ciência:…”

“…COmo citar este artículo: dos Santos, R. S.;Ribeiro, G. (2024). Aprendendo sobre o corpo humano por meio de entrevistas: quando grupos focais aproximam escola e universidade A função 'g', sustentada por Zabala (1998), destaca a ambiência na qual o GF deve se desenvolver.…”

“…Ampliando o conjunto de atividades descrito por Oliveira, Brito (2017) para a integração/articulação entre teoria e prática na formação inicial de professores de Biologia, idealizamos uma PCC no componente curricular COmo citar este artículo: dos Santos, R. S.;Ribeiro, G. (2024) Para os licenciandos, o GF possibilita o desenvolvimento de aprendizagens ao mediarem a discussão entre os escolares como uma estratégia de ensino. Neste processo eles podem refletir sobre a importância da dialogicidade professor-aluno, do protagonismo estudantil na produção de conhecimento e da interação entre os escolares para as diferentes aprendizagens.…”