Aldeias e organização espacial dos povos produtores da cerâmica Aristé: contribuições para a Arqueologia das unidades habitacionais da costa atlântica do Amapá

Abstract

Ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Neves, por toda a liberdade, paciência, amizade e orientações durante a elaboração deste trabalho, sempre com ótimas sugestões, tanto para o trabalho como para a vida, e também incentivo para controlar a ansiedade. Ao João Saldanha e à Mariana Cabral, por toda a inserção no mundo da arqueologia, incentivo e amizade no decorrer desses quase 10 anos em que nos conhecemos, com a finalização de muitas etapas: Graduação, Especialização e agora o Mestrado. Ao João tenho que agradecer pela orientação durante todo esse tempo, com sugestões sobre sítios, leituras, métodos de análise, vendo caco por caco toda vez que surgia uma dúvida e eu batia na porta da sua sala, tirando dúvidas sobre o Corel, ArcGis e outros, assim como, pelos inúmeros momentos divididos em laboratório e em campo. À Mariana tenho que agradecer principalmente pela infinidade de correções de relatórios e também aos diversos momentos compartilhados, sempre com ótimas conversas e discussões. Ao Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPQ, pela concessão de bolsa de mestrado, sem a qual seria impossível ter realizado esse trabalho em tempo integral. diretamente na produção deste trabalho, nomeadamente Casimiro Munita,

Onde estão as quadrículas? A decapagem mecânica e suas contribuições para o estudo de unidades domésticas no contexto da arqueologia preventiva

“…De uma forma geral, a arqueologia brasileira tem produzido pouca informação sobre como eram as casas pré-coloniais, como elas funcionavam e qual o seu papel na vida cotidiana dentro dos espaços domésticos. Quando se trata de casas vistas a partir de estruturas de buracos de poste, algumas das abordagens conhecidas foram desenvolvidas no Amapá (BARRETO, 2015;SILVA, 2016;SALDANHA, 2017), no baixo rio Urubu (BASSI, 2016), e em sítios palafíticos da baixada maranhense (NAVARRO, 2022), ainda que esses últimos estejam associados às plataformas de maiores dimensões. Outras abordagens também foram desenvolvidas a partir das casas subterrâneas em sítios situados nas terras altas do sul do país (SALDANHA, 2005;SOUZA et al, 2016), embora nesses casos os seus limites já estejam delimitados pela própria feição da casa escavada no solo, o que facilita sua identificação.…”

“…Na arqueologia brasileira, porém, escavações em áreas muito amplas com o emprego de maquinário são muito raras. Algumas das experiências conhecidas foram realizadas na Amazônia sob a designação do termo "decapagem mecânica 1 ", mais especificamente para o salvamento de sítios précoloniais no Estado do Amapá (BARRETO, 2015;CABRAL et al, 2013aCABRAL et al, , 2013bCABRAL et al, , 2013cSALDANHA;CABRAL, 2009aCABRAL, , 2009bCABRAL, , 2013SILVA, 2016). A única exceção a esses casos citados foi realizada durante atividades de arqueologia preventiva no norte do estado do Espírito Santo, que é o objeto principal desta discussão.…”

Sobre urnas, lugares, seres e pessoas: materialidade e substâncias na constituição de um poço funerário Aristé

“…O desenvolvimento de um conjunto de escavações cuidadosas em estruturas megalíticas nesta porção da Amazônia desencadeou um renovado interesse nestas coleções cerâmicas, que permitiram novos estudos sobre a constituição dos arranjos funerários identificados nos sítios megalíticos e em outros sítios que compõem a paisagem arqueológica desta região (Hiriart, 2012;, além de provocarem discussões sobre espaços domésticos (Silva, 2016). Estes estudos nos oferecem descrições bastante cuidadosas sobre diversos contextos, produzindo narrativas sobre o passado indígena desta região, bem mais complexas do que tínhamos há poucos anos.…”