Este trabalho tem como pressuposto o fato de que as formas literárias visadas são conteúdos sedimentados que se consolidaram no processo colonial. Neste processo, considera-se o entrelaçamento entre uma cultura letrada alienígena e uma cultura oral autóctone, sendo uma dominante e outra dominada. Constatamos que a compreensão das fissuras, problemas e dilemas verificáveis nos textos em análise permitirá apreender os mecanismos, quer literário, quer sociais, que engendraram formas impregnadas de características situacionais e contextuais. Acreditamos que, em O Livro da Dor de João Albasini, Godido e Outros Contos de João Dias e Chitlango, Filho de Chefe de Chitlango Khambane e André-Daniel Clerc, as formas engendradas se resumem ao assimilado, resultante da hegemonia cultural produzida em situação colonial. Palavras-chaves: Formas literárias; situação colonial; assimilação; hegemonia; O Livro da Dor; Godido e Outros Contos; Chitlango, Filho de Chefe.