Agroecologia e Gastronomia unidas pela busca da Segurança Alimentar e Nutricional: um relato inicial das experiências de extensão.

Abstract

O presente relato apresenta os primeiros contatos entre alunos do curso de bacharelado em Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba-UEPB e alunos da graduação em Gastronomia do Centro Universitário Mauricio de Nassau-UNINASSAU, iniciado no primeiro semestre de 2019 e vinculado ao projeto de extensão “Ações para a Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional na Vila Florestal, Lagoa Seca/PB”. Buscamos demonstrar que a interdisciplinaridade é a chave para o desenvolvimento da extensão acadêmica, estabelecendo uma conexão entre essas áreas complementares, que juntas, dispõem de conhecimentos favoráveis para propor mudanças positivas dos costumes alimentares e culturais da sociedade. Resgatando e valorizando os sabores e saberes populares, ambicionamos utilizar o ambiente acadêmico e suas práticas de pesquisa e extensão como ferramentas de desenvolvimento da segurança alimentar e nutricional (SAN) aliada à conscientização ambiental, elegendo o conceito das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC’S) e do Slow Food como estratégias para se atingir este objetivo. Objetivou-se possibilitar a conexão da prática acadêmica com a realidade da sociedade civil, de forma a contribuir efetivamente com a construção de um mundo mais justo, saudável e ambientalmente sustentável.

Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no contexto da gastronomia e da educação alimentar e nutricional

“…Essas soluções podem ser alcançadas através de iniciativas que relacionam diferentes áreas como, por exemplo, ações de EAN que incentivem o pertencimento alimentar, que enquanto conceito relaciona-se diretamente à identidade e internalização de determinado hábito, tornando-o parte integrante do cardápio cotidiano, além disso, engloba também outros aspectos como o tempo dedicado ao preparo das refeições, assim como as tradições e as escolhas de consumo. Através dessas iniciativas é possível incentivar a apropriação da comida e do prazer em comer e, dessa forma, os indivíduos alvo dessas ações tornam-se então promotores de hábitos que visam sua própria saúde [27] .…”