“…Tais efeitos na vida desses profissionais se dão pela longa permanência na prisão, onde desempenham atribuições de vigilância, guarda, repressão e controle dos presos (MORAES, 2013;OLIVEIRA et al, 2015), mediadas por relações moldadas pelo que é permitido, o que promove segurança e poder e minimiza as vulnerabilidades (MONTEIRO, 2018). Além disso, esses efeitos se devem ao fato de que os policiais penais vivenciam as agruras dos espaços prisionais junto com os presos, embora de forma bastante diferente (NASCIMENTO, 2018b;OLIVEIRA, 2018). É imprescindível reconhecer que a atuação dos policiais penais no interior das prisões causa conflitos que se estendem para além do ambiente dessas instituições, permeando seus trânsitos (CASTRO E SILVA, 2011), limitando seus contatos à própria rede profissional (RIBEIRO et al, 2019) e se desdobrando em situação de alerta constante nas ruas (ROSEIRA, 2018).…”