As informações sobre práticas conservacionistas e uso de plantas recuperadoras da qualidade do solo devem ser socializadas com os agricultores familiares, visando promover melhorias no sistema de produção, minimizando o impacto da exploração agrícola sobre os recursos edáficos. O uso da adubação verde é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura, trazendo sustentabilidade aos solos agrícolas. Estudos visando à caracterização de espécies vegetais em diferentes regiões edafoclimáticas são importates para selecionar aquelas que melhor se enquadrem no conceito de melhoradoras do solo, com a finalidade de proporcionar boa cobertura e aumentar teores de matéria orgânica do solo, melhorando, consequentemente, sua qualidade. Nesse cenário, a pesquisa, conduzida na Área Experimental do CDSA/UFCG, objetivou avaliar a produção de biomassa e capacidade de rebrota de dez espécies de leguminosas utilizadas como adubo verde: mucunas (Mucuna deeringiana, M. aterrina, M. cinereum), crotalárias (Crotalária spectabilis, C. breviflora, C. ochroleuca, C. juncea), feijão guandu cv fava larga (Cajanus cajan), feijão de porco (Canavalia ensiformis) e lablab (Dolichos lablab). As amostragens da produção de biomassa verde foram realizadas em uma parcela de 9 m². A produção de biomassa obedeceu a seguinte ordem decrescente: lablab > feijão de porco > mucuna preta > mucuna anã > C. juncea > C. spectabilis > C. ochroleuca > C. breviflora > mucuna cinza > feijão guandu. A lablab e a mucuna anã não rebrotaram na pesquisa. As diversas espécies foram apresentadas e distribuídas com os agricultores em Dia de Campo para socializar o conhecimento sobre as espécies e disseminar a prática da adubação verde.