O aborto espontâneo é uma perda inesperada da gestação e compreende-se que a maioria das mulheres não estão preparadas para enfrentar essa situação de forma natural. Em busca de respostas e alternativas para esse momento traumático, elas buscam, em seu momento de fragilidade, aproximar-se da religião para encontrarem as respostas às suas perguntas e amenizarem sua dor. O objetivo da pesquisa foi “conhecer a vivência da religiosidade das mulheres que tiveram o abortamento espontâneo”. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo descritivo. Como método utilizou-se o discurso do sujeito coletivo (DSC). O cenário do estudo foi Itajubá, cidade localizada no Sul do Estado de Minas Gerais. O tipo de amostragem foi “bola de neve”, cuja amostra foi constituída por 20 mulheres que estavam dentro dos critérios de inclusão. O presente estudo atendeu os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado com o parecer n.4.519.435. A ideia central mais recorrente entre as participantes em relação à religiosidade foi a “Confiança em Deus”. Portanto, conclui-se que a vivência da religiosidade pode contribuir para ajudar as mulheres que sofreram com o aborto espontâneo a enfrentarem o luto.