Administração de acetato de melengestrol após inseminação artificial em tempo fixo em vacas Nelore lactantes

Abstract

Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do fornecimento de Acetato de Melengestrol (MGA®Premix) após IATF (inseminação artificial em tempo fixo), sobre a taxa de concepção em vacas paridas da raça Nelore. Experimento I, avaliou-se o efeito do fornecimento de 2,28g de MGA/ vaca/ dia, do dia 13 (D13) ao dia 18 (D18) após a IATF. As vacas foram divididas em dois grupos, sendo o Grupo I (n=83, controle) que foi realizado apenas IATF e Grupo II (n=104, tratado) que foi fornecido o MGA após a IATF. Experimento II, avaliou-se o efeito do fornecimento de 2,28g de MGA/ vaca/ dia, do dia cinco (D5) ao dia 10 (D10) após a IATF. As vacas foram divididas em dois grupos, sendo o Grupo I (n=94, controle) que foi realizado apenas IATF e Grupo II (n=100, tratado) que foi fornecido o MGA após a IATF. O diagnóstico de gestação foi realizado 45 dias após a IATF em ambos os experimentos. As taxas de concepção foram comparadas pelo teste de Qui-quadrado. No Experimento I, as taxas de concepção foram de 42,16% para o grupo controle e 50,0% para o grupo tratado. No Experimento II, a taxa de concepção do grupo controle (47,87%) foi significativamente maior do que o grupo tratado (28,0%). Conclui-se que o fornecimento de MGA®Premix, administrado do D13 ao D18 após a IATF não afetou a taxa concepção. Entretanto, quando fornecido do D5 ao D10, reduziu a taxa de concepção em vacas Nelore paridas.

Oral progesterone supplementation for beef cattle after insemination in TAI programs

“…There were no effects of postnatal age, insemination rounds, body score condition, or the bull used for insemination, on the conception rates. In the present study, the average conception rate was 53.21% (307/577), which is similar to the rate observed by several authors who worked with beef cows (Bos indicus) in TAI programs (Ribeiro Filho et al, 2013;Rodrigues et al, 2014). In addition, a positive effect of the treatment with MGA was observed -between the 13 th and 18 th day after TAI -on the conception rate of the animals that received MGA (58.41%), compared with that of the animals without supplementation with MGA (46.40%) (Table 1).…”

“…The variation of the results obtained with P4 supplementation after TAI can be justified by the fact that ovarian function affects the circulating level of progesterone at the time of supplementation. Further, for animals that have low-progesterone serum levels, supplementation may be beneficial, whereas for animals that show adequate progesterone serum levels, the supplementation will not show any benefit, which highlights the need for the evaluation of the ovarian condition to establish an appropriate strategy (Rodrigues et al, 2014).…”

“…This result suggests that the progestogen type that was used (MGA) could justify these findings, as also could the period of supplementation. Rodrigues et al (2014) believed that providing this progestogen, in the first week after TAI, reduced conception rates in beef cows due to its mode of action, and promoted an inadequate endocrine environment. This may have been due to changes in uterine pH or to another factor that could make the embryonic growth and development nonviable in this period, according to Silva et al (2015), who also observed a reduction in the conception rate in cows that received the same treatment in a similar period.…”

“…To make the treated animals consume feed more homogeneously at each round of insemination, the treated group had a maximum of 50 animals. The mineral supplement was provided according to the methods of Rodrigues et al (2014), and the trough was assessed daily from the eighth day of insemination, in order to observe and record consumption in the morning and afternoon. The leftovers were weighed, if necessary, and the amount required per batch per day was adjusted, such that when the treatment with MGA started, the exact average of mineral salt intake per animal had already been defined for each batch.…”

Inseminação artificial e inseminação artificial em tempo fixo em bovinos

“…A evolução das pesquisas em sincronização de estro e inseminação em tempo fixo avançam rapidamente e vêm sendo conduzidas em duas direções principais: o método que compreende a utilização de agentes luteolíticos antecipando a regressão do corpo lúteo encurtando o ciclo, e o processo de alongamento da fase lútea pela administração de progesterona ou progestágenos (RODRIGUES et al, 2014;SILVA JR et al, 2014;MONTEIRO Jr. et al, 2015;SILVA et al, 2015;PUGLIESI et al, 2016;YAN et al, 2016;LOIOLA et al, 2018;CARVALHO et al, 2019).…”