O presente artigo tem como objetivo avaliar o impacto da obesidade como causa de hipogonadismo secundário. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram incluídos estudos publicados entre 2017 e 2022, através das bases de dados Pubmed, LILACS e Cochrane. Utilizaram-se os descritores: “Hypogonadism”, “Infertility” e “Obesity”. Após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 14 estudos foram selecionados para compor a presente revisão. Esta pesquisa respondeu aos objetivos estabelecidos, destacando a importância da obesidade como etiologia do hipogonadismo, através da análise dos dados referentes à frequência dessas duas alterações e dos mecanismos fisiopatológicos da obesidade no sistema reprodutor, a fim de definir bases para o diagnóstico e detecção das complicações. Percebe-se que a obesidade altera a função gonadal a partir de alterações hormonais, geração de estado inflamatório crônico, dano ao material genético, perturbação do sistema imunológico, entre outros. O diagnóstico de hipogonadismo hipogonadotrófico, típico da obesidade, é baseado no achado de níveis séricos baixos de gonadotrofinas com concentrações inadequadamente baixas/normais de hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH). Nas mulheres, as principais complicações estão relacionadas à Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Estas alterações cursam com Infertilidade, Diabetes Mellitus e alterações cardiovasculares.