Adaptando conteúdo prático ao ensino on-line: a experiência da disciplina medicina de urgência

Abstract

Introdução: O projeto de monitoria acadêmica é uma importante ferramenta na construção da educação médica. Com a pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2, o mundo vivenciou uma nova realidade em 2020. Assim, a monitoria no modelo tradicional teve suas atividades presenciais interrompidas, sendo instituída a monitoria em formato remoto. Método: trata-se de um relato de experiência da monitoria da disciplina Medicina de Urgência no formato de ensino à distância (EaD) ofertada aos estudantes do curso de medicina. As monitorias eram realizadas pela plataforma Google Meets, semanalmente, através da metodologia ativa com discussão de casos clínicos. Resultados: A monitoria no modelo EaD conseguiu a aproximação da prática clínica, possibilitada mediante abordagem de discussão de casos clínicos reais, vivenciados pelos monitores, contextualizados com assuntos teóricos discutidos na disciplina, objetivando minimizar as lacunas geradas pela ausência de cenário prático. Ademais, a flexibilização do horário das monitorias e a abordagem multimodal dos assuntos da disciplina contribuíram para um melhor aproveitamento do ensino on-line. Conclusão: A monitoria no modelo EAD é uma estratégia de ensino- aprendizagem factível e viável que possibilita a fixação de conteúdos com teor prático relacionados às urgências médicas.

Monitoria na Graduação: é possível acontecer com êxito em um curso de tempo integral?

“…A monitoria, de certa forma, expõe o discente monitor a lidar com as relações plurais e exige que flutue, constantemente, entre as posições de educador e de educando, assim como proporciona o exercício de empatia que auxilia no desenvolvimento de habilidades interpessoais e de liderança, tão necessários e indispensáveis para os profissionais da medicina, que precisam se envolver cotidianamente com o público e se articular de forma autônoma, mas interdependente, para solucionar os problemas que são dinâmicos (Abreu et al, 2014;Accioly et al, 2022).…”