A dor abdominal no paciente cirúrgico idoso é um desafio não somente no seu reconhecimento, mas também no seu diagnóstico. Essa revisão tem por objetivo evidenciar os desafios diagnósticos da dor abdominal aguda em pacientes idosos que possam cursar com afecções cirúrgicas, estabelecendo quais fatores contribuem para o atraso no diagnóstico. A polifarmácia, as alterações psicossociais e as comorbidades subsidiam os demais âmbitos da senilidade que contribuem para o avanço do curso da doença e o diagnóstico tardio, bem como a já instalada gravidade no momento da procura por atendimento médico, em alguns casos. A metodologia empregada neste trabalho baseia-se na revisão de literatura, por meio de buscas de artigos nas seguintes plataformas de pesquisa: PubMed e Scopus. Por meio da revisão literária, concluiu-se que a suspeição é um meio de extrema importância em quadros de dor abdominal de causa cirúrgica nesse público, pois está associado ao atraso na procura de atendimento médico, juntamente com dificuldade de reconhecimento quando o quadro é de manejo cirúrgico ou clínico. O atraso no diagnóstico da dor abdominal pode gerar uma intervenção tardia, piorando não somente o curso da doença, mas como o prognóstico e desfecho desfavorável, sendo necessária a discussão do porquê é fundamental valorizar, reconhecer e manejar uma dor abdominal no público senil.