Activity Profiles of International Goalball Players Using Wearable Devices

Abstract

To examine the activity profiles of international goalball players and individual player profiles using wearable devices.

Efeito da fadiga sobre o desempenho no goalball

“…Isso demonstra que a intensidade dos jogos no presente estudo foi alta, mesmo que o tempo de duração de arremessos e defesas (inferior a 3 segundos) (Alves et al, 2018;Monezi et al, 2018) seja evidência da dependência do metabolismo alático, e mesmo no caso dos jogadores mais susceptíveis ao aumento da participação do metabolismo anaeróbio lático, como aqueles em que observamos maior densidade de ações nos jogos (~4 ações por minuto), o lactato é rapidamente removido durante as ações de recuperação ativa (Ribeiro, Gonçalves, Kater, Lima, & Gobatto, 2009). Tanto a FCMÉDIA quanto o perfil de atividade identificado a partir das porcentagens da FCMÁX foram diferentes das registradas previamente (Ikeda et al, 2019;Theophilos et al, 2005). A diferença na FCMÉDIA pode estar relacionada ao tempo de jogo, que no presente estudo foi de 40 minutos, mais próximo do contexto real do goalball, enquanto no estudo de Ikeda e colaboradores (2019) foi de exatamente 24 minutos (2 x 12 minutos), provavelmente estimulando um menor intervalo entre as ações e consequente aumento da demanda cardiovascular (154,8 ± 5 bpm vs 130,94 ± 14 bpm no primeiro jogo do presente estudo).…”

“…O goalball é caracterizado por ações de ataque e defesa intermitentes de curta duração e alta intensidade, com predominância do metabolismo aeróbio para a manutenção e recuperação dos esforços, e disponibilização energética pela via anaeróbia alática para a realização das ações determinantes do jogo (Alves et al, 2018). Embora a concentração de lactato no sangue seja baixa em partidas de goalball (Alves et al, 2018;Theophilos, Antonios, Helen, Antonios, & Savvas, 2005), o jogo demonstra uma alta intensidade a partir da análise da frequência cardíaca (Ikeda et al, 2019;Laredo, Bies, & Lluch, 2019;Theophilos et al, 2005).…”

“…O tempo total de jogo pode variar de acordo com as possibilidades dadas pelas regras: paradas oficiais (e.g., barulho, checagem de equipamento, esclarecimento), penalidades, pedidos de tempo, substituições, limpeza de quadra, dentre outros. Além disso, uma mesma equipe pode jogar até três partidas em um mesmo dia (IBSA, 2019b), sendo comum que em competições de goalball a mesma equipe jogue mais de uma partida por dia, demandando dos atletas um grande nível de esforço cognitivo (Eddy & Mellalieu, 2003) e cardiovascular (Ikeda et al, 2019;Laredo et al, 2019;Theophilos et al, 2005), podendo levar ao processo de instauração da fadiga.…”

“…Adicionalmente, a análise da frequência cardíaca e a observação sistemática por vídeo podem fornecer informações importantes sobre o processo de instauração da fadiga em partidas de goalball. Embora a contribuição do metabolismo anaeróbio lático seja pequena ou inexistente em uma partida (Alves et al, 2018;Theophilos et al, 2005), o tempo de jogo desempenhado com a frequência cardíaca acima de 85% da frequência cardíaca máxima pode superar os 40% (Ikeda et al, 2019;Theophilos et al, 2005), evidenciando a alta demanda cardiovascular promovida pelo jogo. Além disso, a análise sistemática por vídeo possibilita a verificação de oscilações no desempenho (Hughes & Bartlett, 2002) a partir da frequência das ações ofensivas e defensivas da modalidade (Morato et al, 2017).…”

“…Embora a participação do metabolismo anaeróbio lático seja rara, visto que a concentração de lactato sanguíneo ([La -]) fique abaixo do limiar anaeróbio durante uma partida de goalball (Alves et al, 2018;Theophilos et al, 2005), altas demandas fisiológicas são demonstradas por meio da análise da frequência cardíaca. Estudos prévios mostram que mais da metade do jogo é desempenhado a uma intensidade superior a 70% da frequência cardíaca máxima (FCMÁX) (Ikeda et al, 2019;Theophilos et al, 2005), com uma média de 64 e 75% da FCMÁX durante a realização de defesas e ataques, respectivamente (Laredo et al, 2019).…”