Aconselhamento Psicológico como Construção Social

Abstract

Resumo Este trabalho tem como objetivo apresentar as contribuições da perspectiva construcionista social para se pensar o campo do Aconselhamento Psicológico. Os principais pressupostos construcionistas sociais na área da psicologia social e da terapia familiar são colocados em diálogo com as definições contemporâneas de Aconselhamento Psicológico a partir da crise pós-moderna vivida nessa disciplina. Considerando-se a inexistência de estudos nacionais no tema, as teorias construcionistas sociais utilizadas no campo do aconselhamento em outros países são brevemente apresentadas e as produções internacionais da área cujos autores assumem o uso de aconselhamento em uma perspectiva construcionista social são discutidas. Esses aspectos servem de base para o tecer de algumas considerações críticas sobre o uso dessa perspectiva no campo do Aconselhamento e para proposição do Aconselhamento Psicológico como uma prática de produção de sentidos sobre um plano de ação de reconexão de pessoas, redes e instituições, com a inclusão de múltiplos protagonistas e com o profissional como facilitador desse processo conectivo, como parceiro na redescrição do sofrimento individual em termos de agenda de transformação social.

Counselling psychology practice in Latin America

“…The different definitions of CP illustrated through this case study call our attention to the importance to understand what type of CP the psychologists refer to when they claim to provide this practice within vulnerable communities. In scenarios of great poverty and social vulnerability, it is important for the professional to reflect if CP can be the space for collaborative construction of alternatives or if it is limited to a normative, psychopathologising and authoritarian practice (Scorsolini-Comin, 2015b;Souza, 2018).…”

“…It is, therefore, the constitution of a theoretical and practical framework for an action engaged in social transformation. As a result, counselling becomes a practice developed in different scenarios, such as social assistance reference centres, communities and non-formal health facilities (Scorsolini-Comin, 2015b;Souza, 2018). It also shows a field that has proposed interventions in the context of the mental health of students, workers and retirees, also moving away from the urban axis and starting to include the so-called demands of the peoples of Latin America in the countryside, in urban agglomerations, favelas/slums and social movements (Ribeiro et al, 2021).…”