O presente artigo resulta de uma pesquisa social, descritiva, bibliográfica e de campo, com abordagem qualitativa, realizada durante a elaboração do trabalho de conclusão de curso de graduação em Serviço Social. A partir dela, tem-se aqui por objetivo desenvolver uma análise crítica e reflexiva sobre os desafios e contradições que atravessam especialmente a medida de proteção do acolhimento institucional no tempo presente. Atenta-se neste debate para o fato de compreendermos que as famílias vêm sofrendo de forma mais severa, com os desdobramentos da sociabilidade capitalista que se mostra, por sua vez, bastante alinhada a um Estado cujos princípios neoliberais, refletem a forma como temos visto a intensificação das expressões da questão social, e isso terá repercussões em seu interior e consequentemente no modo como desempenha o papel de cuidados e sua função protetiva com os filhos. Tais repercussões, ainda que emanem da desproteção social atua como pano de fundo em grande parte das situações geradoras do acolhimento institucional e não rara as vezes na perda do poder familiar.