Ações com mapas conceituais em prol da aprendizagem e da comunicação sobre diversidade biológica

Abstract

Para enfatizar o protagonismo do estudante, ao promover o ensino e aprendizagem, é necessário a utilização de metodologias ativas. Nessa perspectiva, o objetivo da pesquisa foi evidenciar diferentes pontos visualizados em publicações, desenvolvidas ao longo de quatro anos de efetivação de projetos de ensino, explorando o tema invertebrados por meio de mapas conceituais. Utilizando-se de elementos da análise de conteúdo sistematizada por Laurence Bardin, procedeu-se a estruturação de uma amostra de estudo para determinação das categorias emergentes relativas às produções realizadas no percurso de efetivação dos quatro projetos em análise. Foram detectadas inovações diferenciadas ao longo dos quatro anos consecutivos de realização das atividades, destacando-se: a) aplicação da técnica de mapeamento conceitual em zoologia utilizando mapas de referência, b) construção de mapas conceituais para aprendizagem e comunicação sobre a biodiversidade animal, c) reforços à divulgação da biodiversidade por meio de mapas conceituais, d) evidências à Convenção sobre Diversidade Biológica e a perspectiva filogenética nos mapas conceituais. Vale ressaltar que o estudo dos invertebrados, sob a ótica da biodiversidade e por meio de mapas conceituais, fomenta a contextualização do conhecimento e contribui para formar cidadãos conscientes de sua parcela de responsabilidade com os valores ambientais, para que as gerações futuras sejam também beneficiadas com as ações realizadas no presente.

Sistematização de um mapa conceitual sobre Chaetonotida (Gastrotricha) como fomento ao estudo da biodiversidade

“…Como resultado pretendido no mapeamento de conceitos sobre o táxon Chaetonotida, tem-se a sistematização dos conceitos-chave como explicitado na Figura Diversidade Biológica (CDB), no inciso "a" do art. 13, sob o título "Educação e Conscientização Pública", dispõe no sentido de "promover e estimular a compreensão da importância da conservação da diversidade biológica e das medidas necessárias a esse fim, sua divulgação pelos meios de comunicação, e a inclusão desses temas nos programas educacionais; (...)" (BRASIL, 1998;ACIOLE et al, 2022) -ALMEIDA et al, 2019a-ALMEIDA et al, , 2022SOUZA et al, 2023).…”

“…Estudar um táxon pouco conhecido representa uma tarefa complexa, especialmente quando aborda aspectos taxonômicos em sala de aula. Uma solução viável é buscar um método de ensino dinâmico que torne o estudante protagonista no processo de aprendizagem (FONSECA, 2007;ARAÚJO-DE-ALMEIDA et al, 2019a;DIAS-DA-SILVA et al, 2019a, b;ACIOLE et al, 2022). Nesse aspecto, Kinchin (2014)…”

Visibilidade ao empoderamento fomentado pelo uso de mapas conceituais no estudo de conceitos biológicos abstratos

“…Diante dos avanços nas construções dos trabalhos científicos, o conjunto de publicações, somado ao longo do período, gerou possibilidades para realização de várias pesquisas aplicando a análise de conteúdo. Estão inseridos na Figura 4B, os quatro trabalhos publicados nessa categoria: Aciole et al (2021), nas explanações sobre a viabilidade da elaboração de mapas conceituais no estudo a diversidade animal; Cunha et al (2021), com a realização de uma análise comparada entre duas publicações que exploraram características morfológicas e filogenéticas referentes aos táxons Cycliophora e Kinorhyncha; Aciole et al (2022Aciole et al ( , 2023 no desenvolvimento do estado da arte acerca das publicações abordando os invertebrados negligenciados que foram aprofundados no Laboratório de Pesquisas em Ensino de Zoologia.…”

“…Elegendo os mapas conceituais como ferramentas de aprendizagem e objetos de pesquisa no decorrer do ensino de conceitos abstratos de biologia, Araújo-de-Almeida & Santos (2018, b, 2020), Dias-da-Silva et al (2019a e Aciole et al (2022Aciole et al ( , 2023Aciole et al ( , 2024 são exemplos de trabalhos que explicitam, em momentos diversos, dados acerca da inserção desses instrumentos visuais no estudo da Sistemática Filogenética, Zoologia e Educação Ambiental. Visualizam-se nestas publicações, que a utilização da técnica de mapeamento conceitual, também constitui elemento para fomentar a divulgação de temas importantes, mas, pouco discutidos em sala de aula, tais quais os invertebrados enigmáticos.…”

“…No ano de 2020, alguns dos escritos apresentados em anais de eventos científicos foram selecionados para revisão e ampliação, culminando em publicação como artigos ou capítulos de livro, por exemplo,Aciole et al (2020) eXavier et al (2020). Dando prosseguimento ao processo, os trabalhos viabilizados a partir de 2021 incluemAciole et al (2021aAciole et al ( , b, 2022Aciole et al ( , 2023Aciole et al ( , 2024,Alcoforado et al (2021),Cunha et al (2021Cunha et al ( , 2022,Filgueira et al (2021a, b),Lima et al (2022), eVieira et al (2023).…”