Objetivo: traçar o perfil de mortalidade por acidentes de trânsito no Estado de Alagoas, no ano de 2019, ressaltando as variáveis: sexo, faixa etária e raça/cor, e como objetivos específicos realizar a análise de desigualdades e a distribuição espacial dos acidentes segundo município de residência. Métodos: Estudo ecológico da mortalidade por acidentes de trânsito utilizando relatórios do TABNET/DATASUS com os dados de mortalidade, a ferramenta “EQUIPLOT” para a análise das desigualdades e o aplicativo de mapas QGIS 3.10.9 para a visualização dos óbitos por município. Resultado: Alagoas registrou 616 óbitos, com maior incidência nos acidentes com motocicletas, que corresponde a 47%. Deste total de óbitos envolvendo motociclistas, 84% eram do sexo masculino, 48% estavam na faixa etária jovem de 20 a 39 anos, 95% foram declarados pardos, o estado civil solteiro compreendia 61,04%, e a escolaridade com 7 ou menos anos de estudo foi de 44,16%. A análise das desigualdades apontou que pertencer ao sexo masculino, estar na faixa etária jovem e ter cor parda se constituiu em fator de risco para óbitos por acidentes. Na distribuição espacial, Alagoas apresentou maior número de óbitos na 1ª e 7ª regiões de saúde onde estão os municípios de Maceió, capital do Estado e de Arapiraca. Da 1ª a 4ª regiões de saúde a maioria dos óbitos foi por veículos terrestres, e da 5ª a 10ª região, por motocicletas. Conclusão: É bem verdade que o aumento da frota de automóveis e motocicletas propiciou aumento no número de acidentes, porém faz-se necessário a adoção de políticas de forma sistemática e integrada, como medidas de maior impacto para a redução do comportamento inadequado dos usuários no trânsito e, por conseguinte, dos acidentes e mortes.
Palavras chaves: Acidentes, Motocicletas, Registros de Óbitos, Desigualdades em Saúde, Distribuição Espacial.