Acidentes com motocicletas na Bahia: análise de uma década de internações hospitalares

Abstract

Objetivo: Analisar as internações por acidentes com motocicletas no sistema público de saúde da Bahia no período entre 2008 e 2017. Métodos: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo das internações por acidentes com motocicletas na rede pública de saúde da Bahia. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde. Resultados: Entre os anos de 2008 e 2017 foram realizadas 45714 internações decorrentes do grupo de causas do CID-10 V20-V29 (motociclista traumatizado em acidente de transporte). O tempo médio de internação foi de 31,12 dias e o custo total foi de aproximadamente 207 milhões e 798 mil reais. A faixa etária mais acometida foi a de 20 a 39 anos de idade representando 58,53% do total e o sexo masculino representou 85,12% das vítimas. A taxa de mortalidade foi em média de 9,54% refletindo a gravidade dos acidentes. Conclusão: O estudo mostra a gravidade dos acidentes de motocicletas atendidos no Sistema Único de Saúde na Bahia comprometendo principalmente homens jovens, em idade produtiva e com alto custo e taxa de mortalidade. Esses dados reforçam a necessidade de medidas institucionais para redução do número de acidentes e novos estudos são importantes para determinar as sequelas que eventualmente acometem os sobreviventes.

Incapacidade em motociclistas envolvidos em acidente de trânsito

“…incapacidade permanente e o óbito foi desfecho de 3.9%, resultado superior ao encontrado pelo estudo de Santanna e colaboradores (2020), o qual descreveram 2,42% de óbito entre os envolvidos. A partir desse achado, pode-se inferir que a maioria dos acidentes foram de natureza moderada a graves, com longo período de hospitalização, característico desse tipo de acidente (Faleiro et al, 2019).…”

Análise das ocorrências realizadas pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência - SAMU/DF

“…As motocicletas são as principais causadoras de acidentes terrestres no Brasil. Alguns autores evidenciam forte relação entre o aumento de acidentes, com o grande número de motocicletas associados aos comportamentos imprudentes dos condutores (35)(36)(37)(38). Dos diagnósticos traumáticos, o ferimento corto-contuso foi o terceiro atendimento mais frequente em 2009 e 2012, representando 8,98% e 8,27%.…”

Cuidado E Conforto De Pessoas Com Traumatismo Cranioencefálico No Serviço De Emergência: Uma Pesquisa-Cuidado

“…(7) O TCE é considerado, ainda, como um dos principais problemas de saúde pública mundial, tomando proporções cada vez maiores no mundo moderno. (8,4) Nessa conjuntura, a área da urgência e emergência exige dos profissionais de enfermagem uma forma diferenciada do padrão tradicional de trabalho, pois a assistência em sua maioria, é baseada no modelo biomédico e organizada por meio de rotinas e protocolos, os quais muitas vezes acabam por não apresentar soluções eficazes focadas às necessidades humanas do paciente crítico. (9) Desse modo, o enfermeiro se torna responsável pelo gerenciamento do cuidado nas unidades de emergência, envolvendo articuladamente a realização de atividades assistenciais e gerenciais, sendo peça fundamental no desenvolvimento de estratégias que potencializam o trabalho em equipe e a organização do ambiente assistencial.…”