Acessibilidade do Turismo no Parque Nacional Serra da Capivara – PI

Abstract

ResumoO turismo proporciona inúmeros benefícios, tanto para as destinações quanto para as pessoas que o praticam. Entretanto, nem todas as pessoas se beneficiam com a atividade, como deficientes e pessoas com mobilidade reduzida, pois não podem usufruir dos espaços e atrativos turísticos devido à falta de adaptações. Assim, esta pesquisa tem como objetivo discutir e analisar a infraestrutura do Parque Nacional Serra da Capivara -PI, Patrimônio Cultural brasileiro, no que diz respeito à acessibilidade. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e em uma pesquisa de campo, durante os meses de julho a setembro de 2010, com observação direta da área, coleta de dados, entrevistas e conversas informais. Percebeu-se, então, que a infraestrutura do Parque possui algumas adaptações, destinadas principalmente a cadeirantes, mas de maneira superficial e em alguns casos, incorreta. Palavras

Destino Turístico E Acessibilidade Como Diferencial De Competitividade/Tourism Destination and Accessibility as a Competitiveness Differential

“…Ao serem questionados sobre se normalmente pesquisam sobre acessibilidade física, arquitetônica, sensorial ou intelectual dos destinos turísticos a maioria dos respondentes informaram que sim, ainda que para 20% dos respondentes a acessibilidade não seja um elemento que influencie na escolha do destino turístico. É perceptível a tendência de preocupação quanto a acessibilidade, comprovando as alegações da literatura de que o turismo acessível é um dos mais promissores (Card et al, 2006;Carvalho, 2014;Otoo & Kim, 2018;Prochorowicz, 2012;Yıldız, Yıldız, & Bozyer, 2018) O gráfico 01 demonstra a tendência de pesquisa prévia sobre a acessibilidade do destino turístico.…”

“…O turismo acessível tem sido considerado pela literatura como um dos mais promissores (Card et al, 2006;Carvalho, 2014;Otoo & Kim, 2018;Prochorowicz, 2012;Yıldız et al, 2018) havendo a necessidade de reconhecimento, pela indústria do turismo da sua importância e exponencial público representativo deste mercado, que se encontra em franco crescimento (Buhalis & Michopoulou, 2011b).…”

O Paraíso é para Todos? Diagnóstico sobre Acessibilidade para Pessoas com Deficiência em Unidades de Conservação Federais

“…Ainda são poucas as pesquisas desenvolvidas sobre o tema acessibilidade em UCs no Brasil. Em geral, convergem para a constatação da necessidade da ampliação e diversificação das ofertas, assim como para a divulgação das iniciativas já existentes, capacitação do pessoal para atendimento especializado, mudança de cultura e conscientização da sociedade para a importância de favorecer o exercício da cidadania das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida (Carvalho, 2012;Oliveira et al, 2013;Julião & Ikimoto, 2007;Leite, 2004;Luiz & Teixeira, 2016;Moriwaki & Neiman, 2011;Nascimento & Paz, 2015;Pinto 2017). De acordo com Julião & Ikimoto (2007), a garantia do acesso às UCs vai além da questão da disponibilidade financeira ou de recursos humanos; ela passa pela superação de barreiras muitas vezes imperceptíveis à sociedade, com a falta de inserção dessa perspectiva nas políticas e projetos públicos, de modo a se conceber ambientes e produtos a partir de uma visão sistêmica da acessibilidade.…”

“…Observa-se, então, que muitos espaços são referidos como adaptados ou acessíveis, mas na realidade encontram-se "parcialmente" acessíveis (Carvalho, 2012), contemplando esse ou aquele tipo de restrição de mobilidade ou deficiência ou adaptando determinados espaços de um ambiente em detrimentos de outros tão ou mais importantes para se promover uma visitação de qualidade. Além disso, muitos dos projetos são executados sem a participação dos seus maiores interessados, ou seja, os planejadores não consultam os desejos e necessidade dos próprios usuários em potencial, o que geralmente resulta em projetos não-funcionais.…”

O Paraíso é Para Todos? Normas e Inspirações para Ampliar a Acessibilidade em Unidades de Conservação Brasileiras

“…A acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em UCs, objeto deste trabalho, é uma área ainda bastante carente em estudos, políticas públicas e atenção por parte das autoridades competentes e dos gestores dos parques (Carvalho, 2012;Oliveira et al, 2013;Julião & Ikemoto, 2007;Leite, 2004;Luiz & Teixeira, 2016;Moriwaki & Neiman, 2011;Nascimento & Paz, 2015;Townsend et al, 2015;Pinto, 2017). De acordo com Julião & Ikemoto (2007), a garantia do acesso às UCs vai além da questão da disponibilidade financeira ou de recursos humanos; ela passa pela superação de barreiras muitas vezes imperceptíveis à maior parte da sociedade, e pela proposição de políticas e projetos públicos que concebam ambientes e produtos a partir de uma visão sistêmica da acessibilidade.…”